Movimento Negro
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Movimento Negro (ou MN) é o nome genérico dado ao conjunto dos diversos movimentos sociais afro-brasileiros, particularmente aqueles surgidos a partir da redemocratização pós-Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro e São Paulo.
Índice
Histórico
Movimentos sociais expressivos envolvendo grupos negros perpassam toda a História do Brasil. Contudo, até a Abolição da Escravatura em 1888,
estes movimentos eram quase sempre clandestinos e de caráter radical,
posto que seu principal objetivo era a libertação dos negros cativos.
Visto que os escravos eram tratados como propriedade privada,
fugas e insurreições, além de causarem prejuízos econômicos, ameaçavam a
ordem vigente e tornavam-se objeto de violência e repressão não somente
por parte da classe senhorial, mas também do próprio Estado e seus
agentes.
Resistência negra Pré-Abolição
Quilombos, quilombolas, quilombagem
A principal forma de exteriorização dos movimentos negros rebeldes
contra a escravização, nos cerca de quatro séculos em que a mesma
perdurou no país (1549?-1888), foi a quilombagem. Na definição de Moura (1989: p. 22):
“ | Entendemos por quilombagem o movimento de rebeldia permanente organizado e dirigido pelos próprios escravos que se verificou durante o escravismo brasileiro em todo o território nacional. Movimento de mudança social provocado, ele foi uma força de desgaste significativa ao sistema escravista, solapou as suas bases em diversos níveis – econômico, social e militar – e influiu poderosamente para que esse tipo de trabalho entrasse em crise e fosse substituído pelo trabalho livre. | ” |
Embora como assinala Moura, a quilombagem tenha por centro organizacional o quilombo,
para onde iam os escravos fugidos (e onde buscavam refúgio toda sorte
de excluídos e marginalizados da sociedade da época), ela englobava
"outras formas de protesto individuais ou coletivas",1 como as insurreições (cujo marco é a de 1835, em Salvador) e o bandoleirismo, forma de guerrilha na qual grupos de escravos fugidos se organizavam para atacar povoados e viajantes nas estradas.
Na acepção de Moura,2 como movimento emancipacionista a quilombagem "antecede em muito, o movimento liberal abolicionista" (romantizado em obras de ficção como "Sinhá Moça", por exemplo) e que, enquanto proposta política, somente começou a difundir-se após 1880,
quando o escravismo já entrara em crise. Contudo, pela ausência de
mediadores entre os escravos rebeldes e a classe senhorial, a
problemática da quilombagem só podia ser solucionada através da
violência e não do diálogo. Neste aspecto, e embora tenham existido
exceções (a "República de Palmares"
durou quase um século), a maioria dos movimentos quilombolas não
dispunha de meios para resistir longo tempo ao aparelho repressor do
Estado.
Das Inconfidências ao isabelismo
Enquanto,que na Inconfidência Mineira,
movimento separatista sem base popular, os negros estiveram
praticamente ausentes, foi oposta a situação na assim chamada
"Inconfidência Baiana" ou Revolta dos Alfaiates, de 1798. Os objetivos dos rebelados baianos eram, conforme indica Moura,3
"muito mais radicais, e a proposta de libertação dos escravos estava no
primeiro plano das suas cogitações". Entre seus dirigentes e
participantes, contavam-se "negros forros, negros escravos, pardos
escravos, pardos forros, artesãos, alfaiates, enfim componentes dos
estratos mais oprimidos, e/ou discriminados na sociedade colonial da
Bahia da época".3
Entre as mais notáveis manifestações de resistência negra no Brasil encontra-se a Revolta dos Malês. Esta conspiração negra muçulmana planejava reverter as condições sociais dos meados do século XIX.
Após a Abolição da Escravatura, certa parcela dos grupos negros engajou-se na defesa do isabelismo, espécie de culto à Princesa Isabel que era por eles intitulada "Redentora", como se a abolição houvesse sido um "ato de bondade pessoal" da regente.4 Um dos mais fervorosos adeptos desse pensamento foi José do Patrocínio, que procurou mobilizar ex-escravos para a defesa da monarquia, ameaçada pelo crescimento dos grupos que pretendiam implantar a república no Brasil. Este movimento culminou na constituição da Guarda Negra, espécie de tropa de choque composta por "capoeiras e marginais",4 cuja principal finalidade era dissolver comícios republicanos pelo uso da força. Após a Proclamação da República, José do Patrocínio dissolveu a Guarda Negra, deixou de defender o Império e tornou-se republicano.
Da revolta à resistência pacífica
Com o fim do Império, os grupos negros se incorporaram a diversos movimentos populares, particularmente de base messiânica, como o de Canudos e o do beato Lourenço. Tiveram ainda participação destacada na "Revolta da Chibata" em 1910, capitaneada pelo marinheiro João Cândido, que era negro. Através da revolta da Armada, Cândido conseguiu fazer com que a Marinha de Guerra do Brasil deixasse de aplicar a pena de açoite aos marujos (negros, em sua maioria). Apesar da vitória e de uma promessa de anistia,
a liderança do movimento havia sido praticamente exterminada um ano
depois, e o próprio João Cândido, embora tenha sobrevivido ao expurgo,
acabou seus dias esquecido e na miséria.
A "Revolta da Chibata"
foi praticamente o último ato de rebelião negra organizada – e armada –
ocorrido no Brasil. Daí para frente, os grupos negros passaram a buscar
formas alternativas de resistência, "especialmente em grupos de lazer,
culturais ou esportivos".5
Esta forma de resistência pacífica já existia durante o período de
escravidão, embora não fosse, conforme descrito acima, o único
instrumento de contestação existente. Nas palavras de Moura:6
“ | (…) durante a escravidão o negro transformou não apenas a sua religião, mas todos os padrões das suas culturas em uma cultura de resistência social. Essa cultura de resistência, que parece se amalgamar no seio da cultura dominante, no entanto desempenhou durante a escravidão (como desempenha até hoje) um papel de resistência social que muitas vezes escapa aos seus próprios agentes, uma função de resguardo contra a cultura dos opressores. | ” |
Hanchard7 também destaca esta forma de manifestação cultural, embora lhe atribua menor importância como fator de contestação:
“ | Historicamente, as práticas culturais (religião, música, dança e outras formas) têm sido um dos poucos veículos de expressão relativamente acessíveis aos negros (não apenas ativistas ou adeptos do movimento negro) na sociedade brasileira. | ” |
Como tais práticas não ocorrem num vácuo social,8 alerta para o fato delas não mais conservarem sua pureza original, pois "sofrem a influência aculturativa (isto é, branqueadora)
do aparelho ideológico dominante. É uma luta ideológico-cultural que se
trava em todos os níveis, ainda diante dos nossos olhos". Ele
exemplifica citando as escolas de samba do Rio de Janeiro, que, de manifestações populares espontâneas nas primeiras décadas do século XX, converteram-se num negócio altamente lucrativo para seus dirigentes, e contando com a proteção oficial do Estado.
O Movimento Negro no século XX
Gênese: 1915-1945
Tendo como principais centros de mobilização as cidades de São Paulo e
Rio de Janeiro, os movimentos sociais afro-brasileiros começam a
trilhar novos caminhos a partir de meados dos anos 1910, numa tentativa
de lutar pela cidadania recém-adquirida e evoluir para organizações de âmbito nacional. A primeira grande manifestação neste sentido é o surgimento da imprensa negra paulista, cujo primeiro jornal, O Menelick, começa a circular em 1915. Seguem-lhe A Rua (1916), O Alfinete (1918), A Liberdade (1919), A Sentinela (1920), O Getulino e o Clarim d' Alvorada (1924). Esta onda perdura até 1963, quando foi fechado o Correio d'Ébano.
Estes jornais possuíam como característica principal, o fato de não se
envolverem na cobertura dos grandes acontecimentos nacionais (os quais,
cautelosamente, evitavam). Conforme assinala Moura,9 tratava-se de "uma imprensa altamente setorizada nas suas informações e dirigida a um público específico".
É também graças a esse caldo de cultura ideológico
propiciado pela imprensa negra paulistana, que se desenvolve nos anos
1930 um dos mais interessantes movimentos afro-brasileiros de caráter
nacional, a Frente Negra Brasileira. Fundada em 16 de Setembro de 1931,
graças a uma forte organização centralizada na figura de um "Grande
Conselho" de 20 membros, presidida por um "Chefe" (o que lhe valeu a
acusação de movimento fascista),
e contando com milhares de associados e simpatizantes, a FNB teve uma
atuação destacada na luta contra a discriminação racial, tendo sido, por
exemplo, responsável pela inclusão de negros na Força Pública de São Paulo. Depois dos êxitos obtidos, a FNB resolveu constituir-se como partido político, e nesse sentido, deu entrada na Justiça Eleitoral em 1936.
Todavia, a vida da FNB enquanto partido foi curta. Em 1937, com a decretação do Estado Novo por Getúlio Vargas,
todos os partidos políticos – inclusive a Frente Negra – foram
declarados ilegais e dissolvidos. A partir daí e praticamente até a
Redemocratização, em 1945,
os movimentos sociais negros tiveram de recuar para suas formas
tradicionais de resistência cultural. A única possível exceção neste
período (mas que se insere no contexto de resistência cultural), deve-se
à ação de Abdias do Nascimento, que em 1944 no Rio de Janeiro, fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN). Nascimento foi o responsável por expressiva produção teatral onde buscava dinamizar "a consciência da negritude brasileira" (10 e combater a discriminação racial. Conforme expressou o próprio Nascimento:11
“ | Fundando o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944, pretendi organizar um tipo de ação que a um tempo tivesse significação cultural, valor artístico e função social. De início havia a necessidade urgente do resgate da cultura negra e seus valores, violentados, negados, oprimidos e desfigurados. Depois de liquidada legalmente a escravidão, a herança cultural é que ofereceria a contraprova do racismo, negador da identidade espiritual da raça negra, de sua cultura de milênios. O próprio negro havia perdido a noção de seu passado. | ” |
Nascimento também editou um jornal, denominado "Quilombo", no qual "o
pensamento do grupo e a proposta do TEN se apresentavam à opinião
pública".10
Movimento Negro no Rio Grande do Sul
Em 1907, na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, um grupo de intelectuais negros se une para fundar o jornal A Alvorada. Fundado 19 anos depois da abolição da escravatura no Brasil, A Alvorada, pretendeu desde seu primeiro número ser uma tribuna de defesa dos operários e dos negros de Pelotas. Segundo Santos (2003), "A Alvorada, provavelmente, seja o periódico de maior longevidade desta fase denominada de imprensa negra".12
No início do século 20,
Pelotas, era uma cidade em pleno processo de industrialização e que
tinha nos descendentes dos escravos sua principal fonte de mão-de-obra.
Entre os redatores do A Alvorada um dos que mais se destacaram foi Rodolpho Xavier.12
Também ocorreu neste estado o Primeiro Congresso Nacional do negro,
realizado na cidade de Porto Alegre no ano de 1958. Por ocasião desse
acontecimento, a capital gaúcha recebeu delegações dos estados do
Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal,
contando com a presença de estudiosos, pesquisadores, intelectuais
brancos e negros e a comunidade.
Rearticulação: 1945-1975
A partir da década de 1950, os movimentos sociais negros iniciam um
lento ciclo de rearticulação, cujo marco é a fundação em São Paulo, em
Dezembro de 1954, da Associação Cultural do Negro
(ACN). Surgida como um movimento de reivindicação ideológica, a ACN não
se descuidou da assistência aos membros, montando departamentos de
Cultura, Esporte, Estudantil, Feminino e até mesmo uma Comissão de
Recreação. Após um período de expansão, entrou em decadência e passou
algum tempo inativa. Ressurgiu em 13 de Maio de 1977, "com objetivos mais assistenciais e filantrópicos",13 que incluíram a criação de uma escola e cursos de alfabetização e madureza gratuitos. Todavia, a ACN havia perdido, segundo Moura, "o seu ethos inicial"14 e teve de encerrar suas atividades pouco depois.
Pouco antes desse momento, em 1975, é fundado no Rio de Janeiro o Instituto de Pesquisa e Cultura Negra
(IPCN), organização de relevância no quadro do movimento social negro e
cuja manutenção devia-se à contribuição de centenas de sócios. Uma das
poucas entidades do gênero a ter sede própria, passou a enfrentar
problemas financeiros no fim dos anos 1980, tendo de fechar as portas
subseqüentemente.
Ressurgimento: 1975-1985
A partir dos anos 1960, a ditadura militar brasileira inviabilizou todas as manifestações de cunho racial. Os militares transformaram o mito da "democracia racial" em peça-chave da sua propaganda
oficial, e tacharam os militantes (e mesmo artistas) que insistiam em
levantar o tema da discriminação como "impatrióticos", "racistas" e
"imitadores baratos" dos ativistas estadunidenses que lutavam pelos direitos civis. Nas palavras de Hanchard:7
“ | Durante as décadas de 1970 e 1980, os afro-brasileiros que impregnaram suas atividades expressivas de um protesto e uma condenação explícitos da situação dos negros na sociedade brasileira foram freqüentemente censurados, em termos formais ou informais, por elites que viam tais acusações como uma afronta ao caráter nacional. | ” |
Todavia, como ainda assinala Hanchard,15
não houve nenhum movimento social afro-brasileiro comparável ao
movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos dos anos 1960:
“ | Embora tenha havido, durante esses anos, grandes e pequenas tentativas de agregar um conjunto diferente de pessoas num movimento de cunho racial em prol da mudança social, não houve, na sociedade civil brasileira, nenhum movimento nacional de oposição às desigualdades e à subordinação raciais. | ” |
O movimento negro, enquanto proposta política, só ressurgiria realmente em 7 de Julho de 1978, quando um ato público organizado em São Paulo contra a discriminação sofrida por quatro jovens negros no Clube de Regatas Tietê, deu origem ao Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNU). A data, posteriormente, ficaria conhecida como o Dia Nacional de Luta Contra o Racismo.
A constituição do MNU como foro privilegiado de debates sobre a
discriminação racial refletiu-se na atitude do Estado em relação ao
tema, culminando com a criação em 1984 do primeiro órgão público voltado para o apoio dos movimentos sociais afro-brasileiros: o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, no governo Franco Montoro. Foi ainda de Montoro a iniciativa de indicar um representante dos negros para a chamada Comissão Arinos, que criminalizou a discriminação racial na Constituição brasileira de 1988. A tipificação do racismo como crime foi estabelecida pela Lei Caó, de autoria do deputado Carlos Alberto de Oliveira, promulgada em 1989.
No Rio de Janeiro, entretanto, o ator, diretor e dramaturgo maranhense Ubirajara Fidalgo levava a militância negra aos palcos, através de uma série de montagens teatrais de temática afro-brasileira com o seu Teatro Profissional do Negro,
T.E.P.R.O.N, onde abordava, abertamente, o racismo e o preconceito
racial trazendo a tona, pela primeira vez, debates com o público sobre a
questão racial brasileira.
Militância: 1988-2000
Os anos pós-Constituição de 1988 registraram avanços nas lutas
institucionais dos movimentos afro-brasileiros contra o racismo e mesmo
numa maior aceitação por parte da sociedade, da discussão desta
temática. Conforme indica Sant'ana:16
“ | Parece realmente que o balanço do Movimento – tal como é contabilizado pelos militantes – é o de que a campanha das últimas duas décadas redundou na conquista da legitimidade de se colocar em pauta a questão do negro – sem excessivo risco de serem taxados de "divisionistas" ou de racistas ao contrário, ou ainda de "equivocados". | ” |
Embora esta nova atitude tenha significado uma maior participação da
militância negra na política brasileira, nem sempre os partidos de
esquerda, como se poderia imaginar, foram os responsáveis pelos avanços
mais notáveis na luta antidiscriminação. Na verdade, impregnada de uma
ideologia eurocêntrica reducionista, que tinha como parâmetro um determinismo
economicista, a esquerda brasileira historicamente minimizou a questão
das relações sociais, inserindo-as no âmbito do conflito Capital ×
Trabalho. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, apenas em 1995 criou um espaço para a discussão da luta racial, a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT.
A questão racial também entrou para a pauta de discussão das centrais
sindicais a partir da década de 1990. O V Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), reconheceu a importância da temática racial para a organização dos trabalhadores. A Central Geral dos Trabalhadores (CGT), foi responsável pela organização de um Seminário Nacional de Sindicalistas Anti-Racistas em 1990, no Rio de Janeiro, o qual resultou numa Comissão Nacional Contra a Discriminação Racial, e a Força Sindical (FS) reestruturou a sua Secretaria Nacional de Desenvolvimento da Igualdade Racial. As centrais citadas uniram-se ainda para a constituição do Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Social (INSPIR), que incluiu ainda as organizações internacionais AFL-CIO e ORIT.
Hanchard17 reconhece tais avanços, porém faz um julgamento menos favorável de seu significado prático:
“ | As condições de contestação da ordem dominante também sofreram mudanças significativas. O movimento negro pôde passar de uma atividade política indireta e amiúde clandestina para uma contestação e uma condenação francas dos legados de violência racial, discriminação e subjugação generalizada dos negros em todos os níveis da sociedade brasileira. Embora a filiação a partidos políticos tenha aumentado nos últimos dez anos, com a eleição de negros para cargos municipais e estatais, o número de negros no Congresso Nacional não se alterou significativamente desde o fim da ditadura militar. | ” |
De fato, na legislatura federal do período 1999-2003, dos 513 deputados, segundo o deputado Saulo Pedrosa (PSDB-BA), apenas 11 se declaravam afro-brasileiros e concordaram em participar de uma Frente Parlamentar Negra, de caráter informal.
Sant'ana,18
embora também reconheça a importância dos movimentos sociais na
discussão da temática do preconceito racial, aponta um paradoxo que
permeia a militância: seu afastamento dos grupos de excluídos que
teoricamente representaria. Conforme assinala:
“ | Ao tornarem-se negros e militantes (com a ajuda de uma construção de memória) os membros do movimento em questão parecem ter afastado-se dos "pretos", "mulatos", "escuros" – distanciamento, aliás, reconhecido. Este é um dilema de difícil encaminhamento. Sem dúvida era (e é) necessário contrapor-se à imagem preconceituosa e aviltante atribuída aos não-brancos. Nesse processo, porém, constituiu-se e destacou-se um setor dificilmente associável àquela imagem, mas também já muito distanciado do contingente ao qual pretendem colocar-se como representantes. | ” |
Referências
- ↑ Moura 1989:23
- ↑ Moura 1989:22
- ↑ a b Moura 1989:43
- ↑ a b Moura 1989:63
- ↑ Moura 1989:66
- ↑ Moura 1989:34-5
- ↑ a b Hanchard 2000:8
- ↑ Moura 1989:38
- ↑ Moura 1989:71
- ↑ a b Moura 1989:75
- ↑ Nascimento 1982:84
- ↑ a b Ideias Negras em movimento: Da Frente Negra ao Congresso Nacional do Negro. Página visitada em 06-05-2009.
- ↑ Moura 1989:77
- ↑ Moura 1989:78
- ↑ Hanchard 2000:19
- ↑ Sant'ana 1998:15
- ↑ Hanchard 2000:11
- ↑ Sant'ana 1998:17
Bibliografia
- GOMES, Arilson dos Santos. Ideias negras em movimento: da Frente Negra ao Congresso Nacional do Negro de Porto Alegre. Florianópolis: III Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, 2007 http://www.labhstc.ufsc.br/programa2007.htm! ref = Gomes, 2007.
- HANCHARD, Michael George. 'Orfeu e o poder: o movimento negro no Rio de Janeiro e São Paulo (1945-1988)'. Rio de Janeiro: Eduerj, 2001. ISBN 8575110020
- MOURA, Clóvis. 'História do negro brasileiro'. São Paulo: Ática, 1989. ISBN 8508034520
- NASCIMENTO, Abdias (org.). 'O Negro revoltado'. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
- SANT'ANA, Luiz Carlos. 'Breve Memorial do Movimento Negro no Rio de Janeiro'. Rio de Janeiro: "Papéis Avulsos", CIEC/UFRJ, nº 53, 1998.
- SANTOS, José Antônio dos. 'Raiou a Alvorada: Intelectuais negros e imprensa, Pelotas (1907-1957)'. Pelotas: Universitária, 2003.
Ver também
- Ação afirmativa
- Afro-brasileiro
- Dia da Consciência Negra
- Discriminação racial
- Preconceito racial
- Negritude
- O Exemplo
Ligações externas
- Centro de Estudos Afro-Asiáticos (CEAA) (em português)
- Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (em português)
- Fundação Cultural Palmares (em português)
- Cedine (em português)
- Ubirajara Fidalgo (em português)
- Publicação da Declaração de Salvador (em português) - Documento que sintetiza os debates do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes, o Afro XXI, acontecido em 2011. (Acessado em 11/07/2012. Arquivado)
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