Relogio: Vocês e o Tempo
segunda-feira, 29 de julho de 2013
PROJETO A COR DA CULTURA INICIANDO NOVA ETAPA NA NOSSA REGIONAL
PROJETO A COR DA CULTURA DA 12ª REGIONAL DE ITABAIANA - PB COMPLETANDO 03 ANOS FAZENDO A DIFERENÇA NAS ESCOLA DA REDE ESTADUAL DA NOSSA REGIÃO COORDENADOR REGIONAL NIVALDO MIGUEL DO NASCIMENTO NETO
SEU HOSPEDE
PARA
O
MUNDO
Data: 29/07/2013
Com foco em questões de gênero e juventude, projeto social de valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro chega ao Pará, Maranhão, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul
Foi dada a largada da terceira fase do projeto A Cor da Cultura, que visa contribuir para a implementação da Lei 10.639/2003. A norma determina a inclusão do ensino da história e da cultura afro-brasileiras no currículo escolar. Além da expansão para cinco novos estados – Pará, Maranhão, Espírito Santo, Goiás e Rio Grande do Sul –, esta etapa terá como foco o ensino fundamental e a educação infantil, assim como os temas relacionados à juventude e às questões de gênero.
Dois cadernos pedagógicos, programas inéditos das séries Livros Animados e Heróis de Todo Mundo com ênfase em personagens femininos e novos episódios do Nota 10 são as principais novidades dos cinco mil kits que serão produzidos e distribuídos ao longo de dois anos. Os programas poderão ser conferidos também na tela do Canal Futura a partir de novembro de 2013.
Estão previstos ainda a participação de duas universidades brasileiras no projeto, que serão selecionadas por edital público, a produção do Livro do Aluno e o acompanhamento de 1.800 educadores formados em oficinas da etapa anterior. O objetivo é reforçar e atualizar o trabalho desenvolvido na segunda fase de A Cor da Cultura em nove unidades federativas (Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e Pernambuco) por meio de seminários, cursos e visitas às escolas. De 2010 a 2012, a iniciativa formou mais de 4 mil profissionais da rede de ensino (professores, técnicos e coordenadores pedagógicos) em oficinas presenciais.
A Cor da Cultura é uma parceria entre Petrobras, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN), Ministério da Educação, por meio do SECADI, Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares, Fundação Roberto Marinho, via Canal Futura, e a TV Globo.
Para mais informações, educadores e público em geral podem acessar o site www.acordacultura.org.br, que funciona como um ambiente de gestão, relacionamento e espaço para retirada de dúvidas sobre a temática.
Na televisão
O infantil Livros Animados vai ganhar dez episódios, de trinta minutos cada, com novas dicas que estimulam o hábito da leitura ao mesmo tempo em que proporcionam uma visão multirracial.
Experiências bem-sucedidas na área de educação vão conduzir os vinte programas inéditos, com duração de sete minutos, de Nota 10 – Especial A Cor da Cultura.
A série de interprogramas Heróis de Todo Mundo também retorna com homenagens às mulheres negras que integram a história do Brasil, personalidades famosas ou esquecidas pelos registros oficiais. Serão 15 novos episódios, de dois minutos cada.
O que é o A Cor da Cultura?
Iniciado em 2004, em consonância com a Lei 10.639/2003, A Cor da Cultura produz conteúdos audiovisuais e pedagógicos visando tirar a história da população negra da invisibilidade tanto na tela da televisão quanto nas salas de aula. Para tal, alia exibição nacional de programas sobre a temática ao uso desse conteúdo na formação de educadores.
Ministra Luiza Bairros destaca força da mulher negra na abertura do Festival Latinidades
PROJETO A COR DA CULTURA DA 12ª REGIONAL DE ITABAIANA PARAIBA DIVULGA CONTEÚDO DO FESTIVAL CULTURAL
Data: 22/07/2013
Chefe da SEPPIR falou sobre a capacidade que a mulher negra tem de criar novos rumos para a população negra e lembrou o caráter político do Festival considerado o maior do país
Festival prossegue até o dia 27 de julho com diversas atividades alusivass ao Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha
“Mesmo a partir da desvantagem social, tivemos e
temos as condições para criar rumos novos para nossas vidas. E, ao
fazê-lo, criamos rumos novos também para o conjunto da comunidade negra,
para o conjunto da população negra”. A declaração é da ministra Luiza
Bairros (Igualdade Racial), feita na abertura do Latinidades - Festival
da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha hoje (22/07) pela manhã.
Em
sua fala sobre a presença da mulher negra na sociedade brasileira, a
ministra cumprimentou as organizadoras do evento, principalmente pela
coragem e pela oportunidade de celebrar o talento e a contribuição das
mulheres negras para o Brasil e para toda a região”. Considerado o maior
festival com esse perfil no país, o Latinidades é desenvolvido pela
Griô Produções e conta, entre outros, com o apoio da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
Nesta sexta
edição, o projeto que marca o 25 de Julho - Dia Internacional da Mulher
Afro-Latino-Americana e Caribenha, presta homenagem à escritora mineira
Conceição Evaristo. “A data é uma inserção recente, porém o mais
impressionante é como ela foi capaz de produzir uma repercussão tão
grande no continente como um todo e, no Brasil, mais especificamente”,
afirmou a chefe da SEPPIR, destacando a grande quantidade de atividades
realizadas em todo o país para fazer do 25 de Julho o dia em que se
celebra a presença da mulher negra na África e na Diáspora.
Este
ano, as atividades do Latinidades acontecem entre os dias 19 e 27 de
julho, em dois espaços: Funarte e Complexo Cultural da República,
recebendo artistas brasileiras, da Colômbia, Cuba, Estados Unidos e
Nigéria. A SEPPIR, por meio da Secretaria de Políticas de Comunidades
Tradicionais (Secomt) organizou duas atividades que integram a
programação do evento. Ambas acontecem no auditório 02 do Museu da
República.
Caráter político
“Vocês estão
falando de cultura e quando a gente fala de cultura, dificilmente se
lembra de que as nossas formas de fazer política são culturais também.
Então, acho que isso faz parte desse acervo cultural que a gente vem
implementando na região como um todo, e nesse sentido, o Latinidades é
um manifesto político”, declarou Bairros.
A ministra analisou
também a condição da mulher negra no contexto atual, considerando o
progresso e o processo de inclusão experimentado pelo Brasil na última
década. “A mulher negra e, mais particularmente a mulher negra jovem,
continua sendo parte daquilo que chamo de paradoxo do desenvolvimento no
Brasil, porque foi o setor, o segmento da população que soube melhor se
aproveitar de todas as oportunidades que foram criadas nos últimos
anos”, disse, atribuindo a conclusão à maioria dos analistas da história
mais recente do país.
“Apesar dos avanços, as mulheres negras
continuam sendo parte das estatísticas do segmento com mais
desvantagens”, disse ainda a ministra, afirmando que “ao mesmo tempo em
que os efeitos negativos do racismo se manifestam mais diretamente sobre
a nossa qualidade de vida, por um lado, por outro lado também é o setor
mais bem aparelhado da população negra para vencer os obstáculos
colocados pelo racismo”. Para ela, essa contradição confere à luta das
mulheres negras a importância que ela tem para a superação do racismo no
Brasil.
Programação
Na terça-feira, 23, a
mesa ‘O Poder Feminino nas Matrizes Africanas’, vai discutir o tema:
Bantu, iorubá, fon: ancestralidade negro-feminina nas matrizes africanas
e a perpetuação da força na cultura - Bases para a construção e
renovação de saberes, patrimônios e diálogos. Participam Regina
Nogueira Makota Mulanji (Banto), Vilma Piedade (Ioruba), Jandira Santana
(Fon), sob a mediação de Daniela Luciana, do Coletivo Pretas Candangas.
Já na sexta-feira, 26, às 10h, Bárbara Oliveira, diretora de
Programas da Secomt participa da mesa ‘Quilombo das Américas’, sobre
projeto de mesmo nome, realizado pela secretaria e parceiros, com vistas
à construção de uma rede de articulação de políticas públicas para as
comunidades afro-rurais do Brasil, Equador, Colômbia e Panamá. Além da
busca pela soberania alimentar e a ampliação do acesso aos direitos
econômicos, sociais e culturais nestas comunidades.
Participam
também Maria Rosalina dos Santos da Coordenação Nacional das Comunidades
Quilombolas (Conaq) e Tatiana Silva, do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). A mediação será de Paula Balduino, do Coletivo Pretas
Candangas.
Tema - O tema do Latinidades, Arte e
Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas, foi
escolhido, de acordo com a organização do festival, a partir do
entendimento de que a sociedade e o estado brasileiro têm uma grande
dívida histórica com relação ao fortalecimento e valorização da cultura
negra e suas manifestações artísticas.
O Latinidades desenvolve
ações de formação, capacitação, empreendedorismo, economia criativa,
cultura e comunicação. Até hoje, na Funarte, foram realizadas oficinas
de dança, percussão e penteado, lançamentos literários, exposição
fotográfica, música e teatro. A partir desta data, as atividades
concentram debates, palestras, oficinas, roda de capoeira e shows, no
Museu da República.
Toda a programação é gratuita. Para a participação em palestras, debates e oficinas, devem ser feitas inscrições na página www.afrolatinas.com.br
Resultados -
O resultado das experiências e falas de especialistas nacionais e
internacionais que participam do festival desde o início é consolidado
em uma publicação-referência, disponível para download gratuito no
espaço Afrodigital.
Informações:
www.afrolatinas.com.br
facebook.com_pages_Latinidades-Afrolatinas
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
Poder feminino nas matrizes africanas é debatido em Festival
Projeto A Cor da Cutlura 12ª Regional de Itabaiana Paraiba
Data: 24/07/2013
A ancestralidade negro-feminina nas matrizes africanas e a perpetuação da força na cultura foram os pontos abordados na atividade promovida pela SEPPIR na programação do Festival Latinidades
A essência feminina nas matrizes africanas e o poder
transformador da mulher foram tema de debate na tarde de terça-feira
(23), durante o Latinidades - Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e
Caribenha, realizado em Brasília-DF.
Makota Mulanji (Banto),
Vilma Piedade (Iorubá), e Jandira Santana (Fon) foram as debatedoras na
discussão intitulada: “Bantu, Iorubá, Fon: ancestralidade negro-feminina
nas matrizes africanas e a perpetuação da força na cultura. Bases para a
construção e renovação de saberes, patrimônios e diálogos”.
A
organização da atividade é fruto de parceria entre a Secretaria de
Políticas de Comunidades Tradicionais (Secomt), da Secretaria de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), e a produção do
Festival Latinidades.
“Sem a mulher nada nasce, ela é o princípio
da criação e preservação do mundo”, explicou Vilma Piedade, ao abordar
esse aspecto por meio da perspectiva Iorubá. A palestrante ressaltou a
importância da tradição na construção de políticas que enfrentem o
racismo na sociedade e disse que as mulheres são portadoras de muito
axé. “Através das danças e rituais elas incorporam a força cósmica,
criando possibilidades de realização de mudanças”, afirmou.
Makota
Mulanji, da nação Banto, enfatizou a necessidade de ressignificar a
tradição para que não fique restrita à religiosidade, mas que permeie
todo um modo de vida. “Os ambientalistas falam da importância de não
desperdiçar a água, de conservar as florestas, mas muito anterior a esse
discurso está a nossa tradição, que enxerga o sagrado nas águas, que
preserva as matas, que educa para respeitar os mais velhos e os mais
novos”, provocou.
Mulanji falou também sobre o papel fundamental
da mulher na coletividade, no que diz respeito à alimentação, uma função
de prestígio na tradição. “A cozinha é um espaço de poder feminino, e
não um lugar de submissão, como prega o feminismo europeu”, afirmou.
Em
sua fala, Jandira Santana recuperou a memória de mulheres que lutaram
pela preservação dos cultos e consequente enfrentamento ao racismo.
“Elas protagonizaram a resistência, inclusive frente à polícia, de modo a
garantir a sobrevivência dos terreiros”, lembrou Santana. “A mulher tem
o poder de fazer, refazer, criar e recriar, dar a vida. Esse é o
potencial de todas, principalmente das negras”, concluiu.
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
Lideranças quilombolas alinham informações e nivelam discurso em Plenária Naciona
projeto a cor da cultura 12ª Regional de Educação de Itabaiana-PB
Coordenação:
Nivaldo Miguel do Nascimento neto!
Data: 26/07/2013
Discussões prosseguiram até o fim da tarde de ontem (25), quando foram designados 62 delegados para representar o segmento na III Conapir, em novembro
Os representantes das comunidades quilombolas
existentes em 25 estados do Brasil se reuniram na quarta-feira (24), na
Plenária Nacional Quilombola, em Brasília, para debater o temário,
alinhar discursos e compartilhar informações de modo a fortalecer a
participação desses segmentos na III Conferência Nacional de Promoção da
Igualdade Racial (III Conapir). A Plenária foi encerrada ontem (25) com
a designação dos 62 delegados que participarão da III Conapir, que
acontece de 5 a 7 de novembro, também na capital federal.
O
auditório do Nobile Lake Side ficou repleto não só das 150 lideranças
quilombolas, mas de autoridades políticas e pesquisadores. A abertura do
evento contou com um momento emocionante, que foi a participação de Mãe
Sebastiana de Oxossi, representando sua comunidade oriunda de
Carrapatos (MG). Filha e neta de escravos, ela fez um relato tocante dos
seus 70 anos de luta como quilombola e entoou cânticos tradicionais,
sendo acompanhada pelos outros participantes. Mãe Sebastiana foi
enfática ao dizer que “os governos precisam dar atenção às políticas
para a população negra, destacando que o desenvolvimento do país depende
também do desenvolvimento do povo negro”.
Além de Mãe Sebastiana
de Oxossi, a mesa de abertura da Plenária contou com a presença do
presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra; do Secretário
Nacional de Articulação Nacional da Secretaria Geral da Presidência da
República, Paulo Maldos; dos presidentes do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes; e da Fundação
Nacional de Saúde, Gilson Queiroz; do deputado federal Domingos Dutra;
do secretário de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal
(Sepir-DF), Viridiano Brito; e do conselheiro do CNPIR e responsável
pela Coordenação Nacional de Comunidades Quilombolas (Conaq), Arilson
Ventura. A Ministra Luiza Bairros foi representada pelo
Secretário-Executivo da SEPPIR, Giovanni Harvey.
A Secretária de
Políticas das Comunidades Tradicionais (SECOMT/SEPPIR), Silvany
Euclênio, destacou que a Plenária é um momento muito importante para as
lideranças quilombolas dialogarem sobre a sua pauta e para se prepararem
para uma participação qualificada na III Conapir. “Trata-se de uma
pauta importante para a população negra e que tem caminhado lentamente
em função de uma série de questões. Aqui é o espaço para se dialogar
sobre isso”, afirmou. O Secretário-Executivo Giovanni Harvey também
ressaltou a importância do encontro: “A Plenária é o momento para
compartilhar entendimentos em relação ao papel da III Conapir no sentido
de consolidar as políticas previstas no Programa Brasil Quilombola
(PBQ)”.
Agenda positivaA preparação para uma
participação mais ativa do segmento também era um dos principais
pontos. “As representações estão ansiosas para participar e vieram
acreditando que vão conseguir colocar uma agenda positiva, sobretudo no
Congresso, onde as políticas quilombolas vêm enfrentando uma ofensiva
das bancadas ruralistas. A expectativa é que aqui se possa nivelar o
discurso, unificar as informações, num processo plural e democrático,
criar uma unidade dos segmentos quilombolas para fortalecer sua
atuação”, avaliou Artur Araújo, Assessor Parlamentar da SEPPIR e
responsável pela Sub-Comissão de Mobilização e Articulação na Comissão
Organizadora Nacional da III Conapir.
Hilton Cobra, presidente da
Fundação Cultural Palmares, chamou a atenção para a presença
significativa dos representantes e destacou que os principais problemas
que elas enfrentam são estruturais. “Há uma série de questões que os
próprios municípios e estados podem ajudar a resolver ou a melhorar a
situação, não é só o problema fundiário que aflige. Dou como exemplo a
história da comunidade de Cazumbá, perto de Feira de Santana (BA), onde
nasci, e onde viveu o quilombola Lucas da Feira. Lá, há situações que
poderiam ser resolvidas sem intervenção direta do Governo Federal: como
problemas de escola, falta de creche e de esgoto, coisas que podem ser
equacionadas pelo próprio município. Fortalecer os representantes
quilombolas, como ocorre com uma Plenária Nacional, faz com que eles
tenham voz ativa em todas as instâncias e se articulem melhor”,
declarou.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) agradeceu o convite e
destacou a necessidade de se fazer um enfrentamento mais incisivo
contra iniciativas que são intrinsecamente contrárias às demandas das
comunidades quilombolas. “Nos últimos dez anos tivemos avanços
significativos, como a própria criação de estruturas como a SEPPIR,
políticas públicas que foram criadas, alguns instrumentos jurídicos como
o Estatuto da Igualdade Racial, mas é preciso avançar mais, e isso
significa derrotar a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), que
está no Supremo, em que o DEM tenta anular o Decreto 4.877, que é um
marco legal na demarcação das terras de quilombos".
“Significa",
continuou o deputado Dutra em seu discurso, "sepultar na Câmara Federal a
Emenda Constitucional 215, que tenta subtrair do Poder Executivo, onde a
bancada ruralista está presente em quase todos os partidos, a
competência para homologar terra indígena, de quilombo e de preservação;
o mesmo com a Emenda Constitucional 38, que está no Senado e tem o
mesmo objetivo; avançar significa o Executivo arquivar de vez a Portaria
303, que ofende as comunidades indígenas e que se for aprovada será um
passo também para atingir as comunidades quilombolas”.
O evento
foi encerrado com boa expectativa. “A gente avança no processo de
construção definitiva da III Conapir. É um momento muito importante para
a gente. Nós já tivemos as plenárias dos ciganos, de matrizes africanas
e, agora, teremos a de quilombolas. Nós, membros da Comissão
Organizadora, em especial da sociedade civil, estamos muito felizes com o
andamento do processo que está se desenrolando para chegar até
novembro, na realização da conferência nacional”, avaliou Valkiria
Souza, titular do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial
(CNPIR) pelo Centro de Africanidade e Resistência Afro-brasileira
(Cenarab) e membro da Comissão Organizadora Nacional da III Conapir.
Coordenação de Comunicação
As Comunidades quilombolas discutem a situação delas, e Durante o evento foi lançado o Guia de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas PROJETO A COR DA CULTURA 12ª REGIONAL DE ITABAIANA PB
Quilombolas de todo o Brasil discutem pauta para a III Conapir
Data: 26/07/2013
Durante o evento foi lançado o Guia de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas, disponível para download na página da SEPPIR, no link: www.seppir.gov.br/arquivos-pdf/guia-pbq
Cerca de 150 representantes de comunidades
quilombolas de 24 estados brasileiros passaram a quinta-feira, 25,
reunidos em torno das discussões sobre os eixos norteadores da III
Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir), que
acontece entre os dias 5 e 7 de novembro, em Brasília.
Eles
participaram da Plenária Nacional das Comunidades Quilombolas,
coordenada pela Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais
(Secomt), da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(SEPPIR) e preparada pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAPIR.
O evento foi realizado entre os dias 24 e 25, no Hotel Nobile Lake
Side, em Brasília.
Durante o evento foi lançado o Guia_para_Políticas_Públicas_para_Comunidades_Quilombolas, disponível para download na página da SEPPIR, nesse link.
A publicação traz informações sobre o Programa Brasil Quilombola, sobre
programas e ações integradas direcionadas ao segmento, além de um breve
histórico dessas comunidades no Brasil.
Para Arilson Ventura,
responsável pela Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas
(Conaq) e representante da instituição no Conselho Nacional de Promoção
da Igualdade Racial (CNPIR), a expectativa é de que plenárias que tratem
sobre a questão dos quilombolas continuem ocorrendo, não apenas ligada à
Conapir, mas a todas as outras. “Esperamos que elas se revertam de
forma positiva em políticas públicas para nossa gente”, disse.
Ele
representa o quilombo Monte Alegre, localizado no município de
Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, e diz que apesar de
problemas em infraestrutura, equipamentos de lazer, saúde, educação e o
entrave da regularização fundiária, a comunidade vem desenvolvendo um
trabalho promissor voltado ao turismo étnico, cultural e ambiental.
Na
culinária, o destaque na sua comunidade é para o angu de banana verde
com peixe seco, que atrai admiradores de todo o estado. Outra fonte de
renda da população é a produção de hortaliças e massas como biscoitos,
pães e bolos, que são comercializados em programas do Governo Federal e
em feiras locais, “gerando sustentabilidade, aumento da renda e ajudando
a fixar os jovens em seus lugares de origem”, afirmou.
Êxito nas políticas públicas
- Já Agmar Pereira Lima, da comunidade de Palmeirinhas, e vereador no
município de Pedras de Maria da Cruz, em Minas Gerais, diz que lá a vida
está boa e várias políticas públicas estão sendo implementadas com
êxito. “As primeiras nove unidades do programa Minha Casa, Minha Vida
Rural estão sendo entregues”, exemplifica.
Ele enxerga na
realização da Plenária um caminho correto que está sendo seguido rumo à
implementação de políticas públicas. No entanto, sente falta de
resultados efetivos. “Já estamos na terceira edição da Conferência e
algumas demandas das duas anteriores se repetem. Precisamos ter nossas
propostas respeitadas”, diz.
Ele tem como principal reivindicação
a necessidade de um levantamento epidemiológico nas comunidades
quilombolas, para que o Governo Federal saiba agir face às
especificidades da saúde desse segmento da população.
Manoel
Edeltrudes Moreira, da comunidade Kalunga, de Goiás, vice-prefeito da
cidade de Monte Alegre, diz que os Kalunga, cerca de 6 mil pessoas,
estão distribuídos também em Cavalcanti e Terezinas. O quilombola afirma
que a titulação de terras é o principal problema enfrentado na região.
“Não temos problemas com os fazendeiros, mas o governo precisa ter
recursos para resolver a questão”, diz.
Sobre a Plenária, Manoel
diz que é um espaço para que lideranças de todo o Brasil tenham direito
de falar para o Governo Federal, para que o mesmo conheça e reconheça
suas demandas.
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
PROJETO A COR DA CULTURA DA 12ª REGIONAL DE ITABAIANA DIVULGA MATERIAL EM DESTAQUE 2012
Caderno Destaques
- Aqui você encontra as publicações quadrimestrais do governo federal que reúnem os resultados dos principais programas e ações prioritários alcançados durante a atual gestão
- Março 2013
- Avança o acesso ao ensino e programas prioritários registram resultados expressivos com impactos relevantes sobre qualidade de vida e geração de oportunidades no País Revista em PDF Em Português[baixar] In English[download] En Español[descargar]
Outras Edições
Brasil gera empregos e taxa de desemprego e Selic seguem nos mais baixos níveis históricos; indicadores da PNAD 2011 reafirmam avanços sociais mostrados pelo Censo 2010
Rede Cegonha, Plano Estratégico de Fronteiras e Brasil Sem Miséria completam um ano; famílias com crianças de 0 a 6 anos passam a contar com benefício Brasil Carinhoso para sair da extrema pobreza
Agendas bilateral e multilateral foram marcadas pelo engajamento em preservar crescimento do País dos impactos da crise internacional, pela presidência Pro Tempore do Mercosul e pela realização da Rio+20
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- Ensino Técnico
- Mulheres Mais
- 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
- Maria da Penha
-
Mensagem ao Congresso Nacional 2013
PROJETO A COR DA CULTURA VOCÊ CRIA, AGENTE DIVULGA
Plataforma gratuita auxilia docentes a lidarem com dislexia
A dislexia é considerada um distúrbio psicológico que se manifesta na aprendizagem da leitura e escrita dos alunos. Segundo especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, é um problema que passa despercebido por muitos educadores. Por isso, em parceria com o Instituto ABCD, a universidade lançou uma plataforma de formação online gratuita para professores.
O ambiente virtual vai oferecer desde conteúdos básicos sobre o tema, formas de identificar o distúrbio e de adquirir técnicas para ensinar leitura, soletração e escrita até apontar como melhorar o ambiente escolar. De acordo com os especialistas, a ideia é fazer com que os estudantes lidem com suas dificuldades específicas em concentração, memória e organização.
O material foi financiado pela Unesco e lançado em quatro de suas seis línguas oficiais: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol. A plataforma foi desenvolvida a partir da versão criada originalmente pela Dyslexia Internacional e autorizado pelo Ministério de Educação Superior, da Pesquisa Científica e das Relações Internacionais da comunidade francófona belga.
Para acessar os conteúdos, os professores precisam estar cadastrados na plataforma. Os materiais, que incluem textos, PDFs e vídeos, podem ser usados de forma ilimitada. Como o curso não é modular, o usuário pode gerenciar um cronograma próprio para suas aulas – que têm, em média, 20 horas –, além de responder a um questionário para receber um certificado.
Além disso, por conta de seu conteúdo técnico, a plataforma também pode ser usada por especialistas, como pedagogos ou médicos, que trabalham com crianças e jovens. Os conteúdos podem ser acessados no link http://dislexiabrasil.com.br.
Guia oferece passo a passo para implantar educação integral nos municípios brasileiros
Elaborado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC e pela Fundação Itaú Social, o Guia Políticas de Educação Integral: orientações para implementação no município tem como objetivo auxiliar todos os gestores públicos que pretendam instituir a educação integral em seus municípios.
“Também se constitui como material de apoio para educadores, gestores e pesquisadores interessados no tema, uma vez que, nos últimos anos, a discussão da educação integral, como uma política que tem potencialidade de contribuir com a melhora da qualidade do ensino e da aprendizagem das crianças e adolescentes, tem ganhado força em todo o território nacional”, explica o coordenador do Núcleo de Educação Integral do CENPEC, Alexandre Isaac.
A cartilha foi baseada em dois estudos publicados, Tendências para Educação Integral (2011) e Percursos da Educação Integral, em busca da qualidade e equidade (2012), e está dividida em quatro capítulos: Início de conversa, que apresenta os objetivos da obra e a contextualiza; Por onde começar, que traz as diretrizes iniciais para realizar o objetivo; Caminhos a percorrer, que apresenta nove práticas essenciais ao trabalho; e Vale a pena consultar, que traz referências de publicações sobre o tema.
Ao conceituar a educação integral, o guia faz referência à concepção que “considera o sujeito em sua condição multidimensional: física, cognitiva, intelectual, afetiva, social e ética, inseridas em um contexto de relações, assim como o desenvolvimento de todas essas dimensões como condição de cidadania, num projeto democrático de sociedade”. Implementar esse conceito, segundo o texto, é ir além da ampliação da jornada diária de estudos, igual ou superior a sete horas.
A coordenadora de Programas Sociais da Fundação Itaú Social, Dianne Melo, explica que a proposta está em consonância com a meta seis do Plano Nacional de Educação – PNE, que tem como objetivo oferecer educação em tempo integral para 25% dos alunos das escolas públicas de educação básica, com atividades multidisciplinares e maior tempo de permanência deles nas escolas.
Segundo a coordenadora, esse “tempo a mais” pode ser considerado saudável para os alunos, pois o que se busca é ampliar as oportunidades de aprendizagem, além de não precisar acontecer necessariamente em salas de aula. “Estamos trabalhando com três perspectivas: ampliação de tempo, uma condição necessária, ampliação e diversificação de conteúdo e ampliação de espaço”, diz.
“O que se pretende é oferecer novas oportunidades educativas,\ por meio de acesso aos conhecimentos produzidos em outras áreas (como cultura, ciência, esporte e tecnologia), e proporcionar aos estudantes interações em outros tempos, que não dizem respeito apenas ao tempo cronológico, mas também ao tempo subjetivo da aprendizagem, aquele que considera a individualidade, as interações grupais e os aspectos culturais, ingredientes fundamentais para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes”, explica Letícia Araújo, técnica do CENPEC.
Isaac acrescenta que a parceria entre organizações sociais e secretarias de educação tem cooperado para a oferta qualificada de situações de aprendizagem. “A apropriação da comunidade e da cidade como um direito das crianças e dos adolescentes nos leva a afirmar que as propostas pedagógicas que contemplam essa modalidade (dentro e fora da escola) têm se configurado como potencializadoras da aprendizagem”, complementa.
Melo diz que a cartilha está sendo bem recebida pelos gestores públicos e que a obra vem ao encontro das necessidades dos municípios no tocante à melhoria da educação nas escolas públicas, confiando assim que as diretrizes sugeridas serão implementadas. Isaac explica que o conteúdo do guia foi amplamente debatido com as equipes de ambas as entidades, além de contar com especialistas de universidades e do sistema público.
“Com o material de orientação, esperamos que as Secretarias de Educação possam refletir sobre a implementação de suas políticas de educação integral e traçar estratégias que possam lhes auxiliar nessa tarefa de acordo com a realidade de cada sistema de ensino, a fim de consolidar suas práticas na área da educação integral”, exprime Isaac.
O coordenador relata que a experiência mostrou que os nove temas abordados no terceiro capítulo do guia (diretrizes gerais, espaços e infraestrutura, parcerias, plano de ação, proposta curricular, desenvolvimento profissional dos educadores, acompanhamento e avaliação, gestão colaborativa e comunicação) são ações imprescindíveis para a efetivação da política.
Para Melo, a sociedade pode colaborar com a implementação da política de educação integral ao exigir dos governos que a mesma seja efetivada. Isaac explica que a educação integral compreende a garantia de direitos e o combate às desigualdades. “A sociedade civil organizada pode colaborar para efetivação de políticas de educação integral por meio das instâncias representativas legais, como conselhos tutelares, conselhos municipais e estaduais de defesa das crianças e adolescentes, além de movimentos populares, partidos políticos e sindicatos de trabalhadores. A organização das famílias na reivindicação pela ampliação da jornada e pela melhoria da aprendizagem de nossas crianças e adolescentes também tem se apresentado como estratégia para garantir que cada vez mais municípios se preocupem e desenvolvam propostas de educação integral”, finaliza.
Por Luana Chrispim / Blog Educação
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