As Comunidades quilombolas discutem a situação delas, e Durante o evento foi lançado o Guia de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas PROJETO A COR DA CULTURA 12ª REGIONAL DE ITABAIANA PB
Quilombolas de todo o Brasil discutem pauta para a III Conapir
Data: 26/07/2013
Durante o evento foi lançado o
Guia de Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas, disponível
para download na página da SEPPIR, no link:
www.seppir.gov.br/arquivos-pdf/guia-pbq
Cerca de 150 representantes de comunidades
quilombolas de 24 estados brasileiros passaram a quinta-feira, 25,
reunidos em torno das discussões sobre os eixos norteadores da III
Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III Conapir), que
acontece entre os dias 5 e 7 de novembro, em Brasília.
Eles
participaram da Plenária Nacional das Comunidades Quilombolas,
coordenada pela Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais
(Secomt), da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(SEPPIR) e preparada pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAPIR.
O evento foi realizado entre os dias 24 e 25, no Hotel Nobile Lake
Side, em Brasília.
Durante o evento foi lançado o Guia_para_Políticas_Públicas_para_Comunidades_Quilombolas, disponível para download na página da SEPPIR, nesse link.
A publicação traz informações sobre o Programa Brasil Quilombola, sobre
programas e ações integradas direcionadas ao segmento, além de um breve
histórico dessas comunidades no Brasil.
Para Arilson Ventura,
responsável pela Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas
(Conaq) e representante da instituição no Conselho Nacional de Promoção
da Igualdade Racial (CNPIR), a expectativa é de que plenárias que tratem
sobre a questão dos quilombolas continuem ocorrendo, não apenas ligada à
Conapir, mas a todas as outras. “Esperamos que elas se revertam de
forma positiva em políticas públicas para nossa gente”, disse.
Ele
representa o quilombo Monte Alegre, localizado no município de
Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, e diz que apesar de
problemas em infraestrutura, equipamentos de lazer, saúde, educação e o
entrave da regularização fundiária, a comunidade vem desenvolvendo um
trabalho promissor voltado ao turismo étnico, cultural e ambiental.
Na
culinária, o destaque na sua comunidade é para o angu de banana verde
com peixe seco, que atrai admiradores de todo o estado. Outra fonte de
renda da população é a produção de hortaliças e massas como biscoitos,
pães e bolos, que são comercializados em programas do Governo Federal e
em feiras locais, “gerando sustentabilidade, aumento da renda e ajudando
a fixar os jovens em seus lugares de origem”, afirmou.
Êxito nas políticas públicas
- Já Agmar Pereira Lima, da comunidade de Palmeirinhas, e vereador no
município de Pedras de Maria da Cruz, em Minas Gerais, diz que lá a vida
está boa e várias políticas públicas estão sendo implementadas com
êxito. “As primeiras nove unidades do programa Minha Casa, Minha Vida
Rural estão sendo entregues”, exemplifica.
Ele enxerga na
realização da Plenária um caminho correto que está sendo seguido rumo à
implementação de políticas públicas. No entanto, sente falta de
resultados efetivos. “Já estamos na terceira edição da Conferência e
algumas demandas das duas anteriores se repetem. Precisamos ter nossas
propostas respeitadas”, diz.
Ele tem como principal reivindicação
a necessidade de um levantamento epidemiológico nas comunidades
quilombolas, para que o Governo Federal saiba agir face às
especificidades da saúde desse segmento da população.
Manoel
Edeltrudes Moreira, da comunidade Kalunga, de Goiás, vice-prefeito da
cidade de Monte Alegre, diz que os Kalunga, cerca de 6 mil pessoas,
estão distribuídos também em Cavalcanti e Terezinas. O quilombola afirma
que a titulação de terras é o principal problema enfrentado na região.
“Não temos problemas com os fazendeiros, mas o governo precisa ter
recursos para resolver a questão”, diz.
Sobre a Plenária, Manoel
diz que é um espaço para que lideranças de todo o Brasil tenham direito
de falar para o Governo Federal, para que o mesmo conheça e reconheça
suas demandas.
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
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