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sexta-feira, 17 de maio de 2013

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Apenas 10% das comunidades quilombolas brasileiras são regularizadas

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Bárbara Oliveira, diretora de Programas da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, ressaltou nesta quarta-feira, 20, durante o lançamento do livro Quilombos das Américas, que existem atualmente no Brasil mais de duas mil comunidades afrorrurais, presentes em 25 estados, mas “apenas 10% delas têm seus territórios titulados. Para essas comunidades, a identificação se dá fortemente ligada ao território, e não reconhecer isso é uma violação muito grave de seus direitos e de sua cultura”.

Segundo ela, o intuito do projeto de pesquisa que resultou na publicação do livro é fortalecer a discussão das comunidades afrorrurais. O projeto reconhece a riqueza cultural e histórica dessas comunidades, mas não esconde a vulnerabilidade econômica e jurídica a que esses grupos estão submetidos. “Território e políticas asseguradas vão nos ajudar muito a garantir os direitos e a dignidade desses grupos”, afirmou Bárbara.

Josenilton Marques, pesquisador da Coordenação de Igualdade de Gênero e Raça do Ipea, lembrou que o projeto reúne e agrega instuições variadas num mesmo objetivo e forma uma rede de denúncias das violações de direitos que essas comunidades vem sofrendo ao longo do tempo.

Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto, foi o mediador da discussão. Ele afirmou que a história das pesquisas de desigualdade racial no Ipea é paralela à institucionalização do tema no governo federal.

Quilombos das Américas é uma publicação realizada em parceria da Seppir, Ipea, Embrapa, Contag, e outras entidades que trabalham com questões raciais, agrícolas e trabalhistas.

Leia o livro Quilombo das Américas

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