Relogio: Vocês e o Tempo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

RELAÇÃO DOS PARCEIROS A COR DA CULTURA

Instituições

12ª REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA PARAIBA

AVENIDA PRESIDENTE JOÃO PESSOA Nº 345 CENTRO

ITABAIANA PARAIBA FONE: 3281 2755

COORDENADOR REGIONAL DO PROJETO A COR DA CULTURA( NIVALDO MIGUEL) 

MULTIPLICADORA E FORMADORA DO PROJETO( MARIA LUCIA ALVES.) 

Olodum
  • Escola Criativa Olodum - Salvador / Bahia - escolaolodum@uol.com.br
  • Arte no Dique - Santos / São Paulo
Rua Professor Nelson Spíndola Lobato, s/n, Vila Pelé, Santos, SP
CEP 11088-350
Tel.: (13) 3261-8892
nborgomoni@bol.com.br
  • Régua e Compasso - Santo André / São Paulo
Projeto de Ação Complementar e Educativa Régua e Compasso
Rua Dona Laura, 214, Santo André, SP
CEP 09040-240
Tel.: (11) 4994-2866
regua.compasso@ig.com.br

Quilombos
  • Secretaria de Defesa e Proteção às Minorias (Sedem) - Alagoas
Tel: 82 - 3315-2625
Fax: 82 - 3315-2652
Email: sedem@sedem.al.gov.br
Endereço:
Centro Administrativo Governamental - AL 101 - Norte Km 05 – Jacarecica - CEP 57036-370 - Maceió - Alagoas
Rua 07 de Setembro, 156
Centro
Fone/fax(98):
3231-1601 e 3231- 1897
São Luís/MA - Brasil
  • Projeto Vida de Negro - Maranhão
Centro de Cultura Negra do Maranhão - CCN/MA
Rua dos Guaranis, s/nº - Barés - João Paulo
CEP 65040.630 - São Luís/MA - Brasil
Fone/fax (98) 3243.9707 - 3249.4938 - 271.8367

Teatro e cinema
  • ONG Maria Mulher - Porto Alegre
  • Raízes da África - Rio Grande do Sul
Diversão
A COR DA CULTURA - BAHIA
Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Ayê
Rua do Curuzu, 228 - Liberdade
CEP - 40365-000 - Salvador - BA
www.ileaye.org.br
Tel. (71) 2103-3400
  Grupo Cultural Nego Fugido
Contato: Monilson dos Santos
(75) 8151-5479
Santo Amaro - BA
     
Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia
associacaodasbaianas@hotmail.com
(71) 3266 0815 / 3322 9674
Memorial das Baianas
Belvedere da Sé, Praça da Sé s/n, Centro
CEP: 40 000 000 - Salvador - BA
  Associação dos Sambadores e Sambadeiras de Roda do Estado da Bahia
Rua do Imperador, s/n - Santo Amaro - BA
www.asseba.com.br
asseba@gmail.com
Tel. (75) 91349127 / (75) 91478507
     
Centro Esportivo de Capoeira Angola de Salvador
Rua Raimundo Viana, 61E - Rio Vermelho
Salvador - BA
Contato: Mestre Faísca
(71) 8813-9060/(71) 9214-5476/(71) 3345-2311
  Museu Afro-Brasileiro
Terreiro de Jesus - Prédio da Antiga Faculdade de Medicina
Centro HIstórico - Salvador - BA
Tel. (71) 3283-5540 / 5541

A COR DA CULTURA - ESTRADA REAL - MINAS GERAIS
Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto
Praça Tiradentes, 20 - Centro
Ouro Preto - MG - CEP 35400-000
Tel. (31) 3559-3119 / 1597
museu@ufop.br
  Associação dos Doceiros e Agricultores Familiares de São Bartolomeu
São Bartolomeu - MG
Contato: Pia Márcia
(31) 3551-0929
     
Casa dos Contos
Rua São José, 12 - Centro
Ouro Preto - MG - CEP 35400-000
Tel. (31) 3551-1444
  Garimpo Real
Diamantina - MG
Contato: Belmiro
(38) 9106-1226 ou (38) 3531-1557
     
Mina do Chico Rei
Rua D. Silvério, 108
Ouro Preto - MG
Tel. (31) 3551-1749
   

MARANHÃO
INSTITUTO COMO VER
Núcleo de Atividades do Officina Affro /Casa nº400 - Apeadouro
Travessa Padre Manoel da Nobrega.
Tel (98) 3271 7199 - afrocalimba@ig.com.br
  Tambor de Crioula
Proteção de São Benedito
Clemente - (98) 8832 6401
     
Casa de Cultura - Casa de Fésta
Rua do Giz, 221 - Praia Grande
Fone: (98) 3218-9925
  Boi Brilho da Sociedade de Cururupu
Rua Gomes de Sousa, 596 - Vila Passos
AV. Vitorino Freire, atras dos pre-moldados Pina
Tel - Eliéser - (98) 8809 8656 / 3221 6012 - Mathilde
     
Tambor de Mina
Terreiro Casa de Tradição de Matriz Africana - Tambor de Mina
Av 14 , quadra 9 - casa 9 - Conjunto Maiobão
Tel (98) - 3237 2424
  Boi de Maracanã
Rua da Igreja, 99 - Maracanã
Tel - (98) 3241 7658 / 3241 0911

MULHERES
Ação Comunitária
Tom Gordilho
Assessoria de Comunicação
www.acaocomunitaria.org.br
Tel: (21) 2253-6443 e Cel: (21) 9736-0620
  CASA DA CULTURA DA MULHER NEGRA
Rua Prof. Primo Ferreira , 22 - Boqueirão - Santos - Canal 4
Tel (13) 38779455
www.casadeculturadamulhernegra.org.br
     
CORAL DO CECUNE
Suzana Ribeiro -Coordenação de Projetos - suzanamrr@gmail.com
Fones (51) 3348-9542
  AFROBRAS (SP)
Av. Santos Dumont, 843 - São Paulo
Tel - (11) 3229 4590
www.novo.afrobras.org.br
     
MARIA MULHER
Endereço: Rua Moab Caldas, 2035 - Vila Cruzeiro
Tel -(51) 3219 0180 / (51) 3286.8482
www.mariamulher.org.br
   

INFOS - COR DA CULTURA ESTRADA REAL
Casa dos Contos
Rua São José, 12 - Centro
Ouro Preto - MG - CEP 35400-000
Tel. (31) 3551-1444
A Casa dos Contos é um dos mais amplos e belos monumentos do barroco mineiro. O prédio foi construído em Ouro Preto, MG, entre 1782 e 1784, para sediar a Casa dos Contratos e serviu de residência para o arrematante dos contratos e dos dízimos e entradas, João Rodrigues de Macedo, uma das maiores fortunas da colônia no século XVIII. Restaurado na década de 80, hoje é Museu e Centro de Estudos do Ciclo do Ouro, ligado ao Ministério da Fazenda.
 
Associação dos Doceiros e Agricultores Familiares de São Bartolomeu
São Bartolomeu - MG
Contato: Pia Márcia
Tel. (31) 3551-0929
Reúne os doceiros tradicionais de São Bartolomeu, cujos produtos ganharam o selo de Patrimônio Imaterial de Ouro Preto.
 
Garimpo Real
Diamantina - MG
Contato: Belmiro - Tel. (38) 9106-1226 ou (38) 3531-1557
Área de garimpo artesanal, utilizada em Diamantina pelos garimpeiros locais e também aberto ao público.
 
Grupo de Congado de Nossa Senhora do Rosário de Santa Efigênia
Ouro Preto - MG
Contato: Rodrigo - Tel. (31) 8697-3300
Faz parte da tradição cultural e religiosa de Ouro Preto. A origem do grupo de Congado é associada à figura lendária de Chico Rei, o escravo que era rei da nação de Moçambique e conseguiu juntar dinheiro para pagar a sua alforria e de outros escravos e organizou a Irmandade do Rosário e de Santa EfigêniaFrancisco da Natividade, o Chico Rei. Segundo a lenda, depois de alforriado, Chico, que tinha realmente sido rei da nação Moçambique antes de ser vendido como escravo, conseguiu juntar dinheiro, alforriar seu filho e outros membros da nação organizando-os na Irmandade do Rosário e de Santa Efigênia.
 
Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Ayê
Rua do Curuzu, 228 - Liberdade
CEP - 40365-000 - Salvador - BA
http://www.ileaye.org.br
Tel. (71) 2103-3400
Desenvolve ações diversas na área da de cultura, educação, religiosidade e valorização da identidade negra.
O primeiro bloco afro do Brasil. O projeto inicial era ser um bloco de carnaval contra o racismo. Ficam no bairro com maior população negra de Salvador. Do bloco criaram uma escola de música e percussão. Criaram cooperativas de fabricação de calçados, bolsas, instrumentos. Aulas de dança, cozinha. Inauguram estúdios. Tem uma banda que só toca músicas próprias. Atendimento de 500 pessoas fundada em 1974.
 
Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia e Memorial das Baianas
associacaodasbaianas@hotmail.com
(71) 3266 0815 / 3322 9674
Memorial das Baianas - Belvedere da Sé, Praça da Sé s/n, Centro
CEP: 40 000 000 - Salvador - BA
Conjunto de espaços expositivos e de documentação com a finalidade de situar a tradição, a história e demais temas agregados ao ofício, registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil, em 14 de janeiro de 2005, no Livro de Registro dos Saberes. A reformulação da área expositiva do memorial embasou o registro do ofício como patrimônio cultural e em outros projetos de apoio ao artesanato associado à imagem e ao trabalho da baiana de acarajé, como os fios-de-contas, pano-da-costa e a roupa de baiana, desenvolvidos pelo CNFCP.
 
Centro Esportivo de Capoeira Angola de Salvador
Rua Raimundo Viana, 61E - Rio Vermelho - Salvador - BA
Contato: Mestre Faísca - (71) 8813-9060 ou (71) 9214-5476 ou (71) 3345-2311
Capoeira que corresponde a uma das características da cultura africana Bantu.
 
Grupo Cultural Nego Fugido
Contato: Monilson dos Santos - (75) 8151-5479
Santo Amaro - BA
Grupo faz encenação ao ar livre, recriando as tentativas de fuga dos negros. Manifestação cultural tradicional na comunidade de pescadores de Acupe, Santo Amaro da Purificação, remanescentes de escravos africanos de origem Nagô.
 
Associação dos Sambadores e Sambadeiras de Roda do Estado da Bahia
Rua do Imperador, s/n - Santo Amaro - BA
http://www.asseba.com.br
asseba@gmail.com
Tel. (75) 91349127 / (75) 91478507
A organização surgiu em 17 de abril de 2005, a partir do movimento deflagrado pelos grupos de samba de roda do Recôncavo Baiano. O movimento começou, estimulado por uma série de pesquisas realizadas pelo Instituto do Patrimônio Historio Artístico Nacional - IPHAN, para constituição do dossiê sobre o samba de roda. Após o Instituto registrá-lo como Patrimônio Cultural Brasileiro (em outubro de 2004), foram criadas as condições para o reconhecimento do samba de roda do Recôncavo Baiano, pela UNESCO, como Obra Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, em novembro de 2005.
 
Museu Afro-Brasileiro
Terreiro de Jesus - Prédio da Antiga Faculdade de Medicina
Centro HIstórico - Salvador - BA
Tel. (71) 3283-5540 / 5541

O Museu Afro-Brasileiro nasceu do Programa de Cooperação cultural entre o Brasil e países da África e para o desenvolvimento dos estudos voltados para a temática afro-brasileira, através de convênio firmado entre os Ministérios das Relações Exteriores e da Educação e Cultura, O Governo da Bahia, a Prefeitura da Cidade do Salvador e a Universidade Federal da Bahia. Sua inauguração ocorreu em 7 de janeiro de 1982.
 

O Museu foi instalado no histórico prédio da primeira Escola de Medicina do Brasil, de propriedade da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus. Em 1997, o Museu Afro-Brasileiro passou por um amplo processo de reestruturação atualizando a sua museografia e abordagem conceitual.

 

O Centro de Estudos Afro-Orientais, órgão suplementar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, é o organismo responsável pelas atividades do Museu Afro-Brasileiro. Seu acervo é composto de peças da cultura material de origem ou inspiração africana, representativas da vida cotidiana, dos processos tecnológicos, do sistema de crenças, das manifestações artísticas e da tradição oral na África tradicional.São esculturas, máscaras, tecidos, cerâmicas, adornos, instrumentos musicais, jogos e tapeçarias, provenientes do continente africano, adquiridos na década de 70, pelo Ministério das Relações Exteriores, ou através de doações das diversas embaixadas dos países da África.

 
INSTITUTO COMO VER - SÃO LUIS - MARANHÃO
Officinas Afro é uma Organização Não-Governamental (ONG), de natureza artístico-cultural e desportivo, que foi fundado em 15 de Março de 1984. Iniciou suas atividades com Ginástica Rítmica Desportiva GRD e dança de vários estilos. Atende crianças e jovens através de cursos de capacitação em dança afro, capoeira, percussão e confecção/uso de instrumentos musicais populares e étnicos e ainda, atividades desportivas.


As crianças e adolescentes são oriundos de famílias em situação de pobreza; pessoas desocupadas e candidatos a primeiro emprego. A ONG está localizada no bairro do Apeadouro, São Luis, no Estado do Maranhão.


Desenvolve ações sócio-afro-culturais de combate à discriminação racial, impulsionando a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, defendendo e lutando para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, que encontram-se em ânsia de igualdade e oportunidades, no Maranhão e no Brasil.

 
MARIA MULHER - PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL
Fundada em março de 1987,na cidade de Porto Alegre- RS, Maria Mulher é uma organização feminista, coordenada por mulheres negras com formação e experiências diversas, favorecendo a realização de um trabalho interdisciplinar. Desde a sua fundação, Maria Mulher vem pontuando a defesa dos direitos das mulheres e a luta pela melhoria das condições de vida da população afrobrasileira.

Busca sensibilizar os setores da sociedade contra práticas de discriminação racial e sexual através da denúncia responsável e da informação bem fundamentada.

Oferece plantão de atendimento social, atendimento psicossocial, visitas domiciliares, oficinas de auto-estima e auto-ajuda, oficinas de saúde, direitos sexuais e reprodutivos, oficinas de informação e educação continuada de geração de trabalho e renda visando o aperfeiçoamento profissional em confecção de roupas, produção de alimentos, cuidados pessoais, reciclagem de papel, gerenciamento de renda; de novas tecnologias de informação e comunicação social, oficinas de alfabetização, leitura e releitura da realidade vivida, participação política e comunitária, com o objetivo de oportunizar a estruturação emocional e profissional a mulheres vivendo com dst/hiv/aids e mulheres em situação de violência doméstica e vulnerabilidade social.

 
CECUNE - PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL
O CENTRO ECUMÊNICO DE CULTURA NEGRA, o Cecune é uma ONG sediada em Porto Alegre- RS, fundada em 1987, que realiza ações voltadas ao desenvolvimento de projetos para o despertar da auto-estima da população afro-descendente. A instituição se mantém com o trabalho voluntário de seus integrantes, auxílios e patrocínios específicos para projetos, bem como com as alianças e parcerias com órgãos e entidades da sociedade civil.

O coral
O Coral do Cecune foi criado em março de 1994, em Porto Alegre, reunindo pessoas de 14 a 60 anos em atividades de pesquisa, alfabetização musical, interpretação vocal e acompanhamento instrumental. A experiência pioneira da comunidade afro-brasileira no Rio Grande do Sul, além do seu caráter comunitário, tem como característica fundamental a adoção de uma metodologia própria de construção do canto. Os objetivos da iniciativa são promover o resgate da expressão musical com matrizes nas culturas africanas e construir uma proposta pedagógica popular de canto coral.

 
CASA DE CULTURA DA MULHER NEGRA - SANTOS - SÃO PAULO
Casa que funciona em Santos -SP, há mais de vinte anos. Trabalha com o a valorização da mulher negra e a preservação da cultura e memória.


Oferece resgate da Culinária Afro através de um restaurante aberto a comunidade com pratos da culinária africana. Atendimento jurídico e psicológico, oficinas de capacitação em tranças afro, oficina de máscaras africanas, oficina de ciranda de praia, dança ou batuque; palestras, biblioteca com acervo de mais de 3 mil títulos e loja étnica.

Atende visitantes e escolares que tem interesse em se aprofundar na cultura afro assim como sua importância para a formação do povo brasileiro.
 
AFROBRAS - SÃO PAULO - SP
A Afrobras é uma organização não governamental, fundada em 1997, que reúne intelectuais, autoridades, personalidades, negras ou não, e tem por finalidade trabalhar pela inserção socioeconômica, cultural e educacional dos jovens negros brasileiros. Em âmbito nacional, realiza atividades de informação, formação, capacitação, qualificação e ações afirmativas para inserção e visibilidade do negro brasileiro.

Os principais projetos da Afrobras são:
FACULDADE ZUMBI DOS PALMARES - A Faculdade Zumbi dos Palmares tem por missão a inclusão dos afrodescendentes no ensino superior, viabilizando a integração de negros e não negros em ambiente favorável à discussão da diversidade social, no contexto da realidade nacional e internacional.

 

PROGRAMA DE TV NEGROS EM FOCO- Canal 14 UHF - RBI / Canal 9 da Net - TV Aberta - No ar desde 2003, é um dos únicos no Brasil que conta com apresentadores e diretores negros à frente. A atração tem formato inédito, é apresentada por jornalistas afro-brasileiros e discute temas que interessam o negro brasileiro.
 
REVISTA AFIRMATIVA PLURAL
A Afirmativa Plural é uma das poucas revistas no país a discutir o universo afro-brasileiro em toda sua diversidade. É uma publicação bimestral com abordagem nos principais temas de interesse da comunidade afro-brasileira.

CONTEÚDO A COR DA CULTURA

Olodum

 A COR DA CULTURA

A batida quente, o ritmo alegre, o som que invade as ruas do Pelourinho faz a vizinhança abrir as janelas, a baiana esquecer dos acarajés e o turista querer fincar raízes em Salvador, na Bahia, terra de Dorival Caymmi e Jorge Amado. A música foi o caminho escolhido pela Escola Criativa Olodum para entrar na luta pela preservação da cultura afro-brasileira.
 
Esta unidade de ensino musical é ligada diretamente ao Olodum, inaugurado em 25 de abril de 1979. Na época de sua fundação, o único objetivo era organizar um bloco carnavalesco. Ao perceberem o interesse do público, os fundadores realizaram os primeiros shows e elaboraram projetos educacionais com a finalidade de colaborar para a inclusão social do negro.
 
Atualmente, a Escola Criativa Olodum contabiliza 250 alunos, entre sete e 18 anos. E na hora de agarrar a zabumba não há um sequer que deixe de se orgulhar do sangue negro que lhes corre nas veias, o que facilita, e muito, o aprendizado do samba-reggae que empolga multidões no Brasil e no exterior, entre eles os cantores Paul Simon e Michael Jackson.
 
“Há doze anos que mantemos essas oficinas, todas gratuitas para a comunidade. Quando foi criado, em 1984, este projeto se chamava Rufar dos Tambores”, conta o diretor cultural do Olodum, Nelson Mender. Ele se lembra de quando o jovem Pacote do Pelô entrou na escola, depois de vender amendoim torrado nas praças e de catar papelão na Baixa do Sapateiro. Impossível não sentir orgulho de Pacote, que trabalha hoje como instrutor do bloco mirim.
 
O que agrada de verdade o menino Ruan Carlos, de apenas 13 anos, é a mensagem das letras do Olodum. “A maioria das músicas fala sobre o negro, detalha episódios que o negro já passou”, diz. Para Raysa, de 15, o maior benefício da escola é que “ensina a gente a gostar mais da nossa raça”. Queite Eliane, 14, é categórica: “Acho que sou uma negra linda e acho também que a dança me ajuda muito nesse sentido. O Olodum já faz parte de minha vida”.
 
De acordo com o cantor Lucas Di Fiori, à frente do grupo desde 1991, “o Olodum sempre encontra várias formas de inserir o negro nas atividades, seja através do festival, onde a gente seleciona as músicas do carnaval e dos discos do grupo, seja por meio da Escola Criativa. Também oferecemos seminários sobre temas femininos. A nossa missão é fazer com que o negro reconheça a sua importância cada vez mais”, pontua o vocalista.
“Através dessas ações, queremos criar um aspecto de cidadania, de valorização da raça negra, mostrando para a sociedade que o negro tem o seu valor tanto cultural quanto histórico”, emenda o produtor Jorge Ricardo Rodrigues. Ele aproveita para falar sobre os dois projetos originários do Olodum: ‘Arte no Dique’, em Santos, e ‘Régua e Compasso’, em Santo André.
 
Santos fica no litoral sul de São Paulo e Santo André é um município do ABC paulista. “Em qualquer lugar do mundo, todos reconhecem essa batida característica do Olodum”, afirma José Virgílio Figueiredo, coordenador do Arte no Dique. Além de exibir as cores e a levada do grupo baiano, ambos os projetos se mantém firmes no propósito de fazer com que seus alunos se identifiquem como negros e, portanto, herdeiros da rica cultura africana.

CONTEÚDO A COR DA CULTURA 12ª REGIONAL DE EDUCAÇÃO

 
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CONTEÚDO A COR DA CULTURA

Diversão

Educação, diversão e preconceito. Para discutir estes três temas essenciais na vida de qualquer um, foram convidados quatro jovens negros residentes em cidades distintas: Jaciara dos Santos é natural de Recife, Adriana Nascimento, de Diadema, Marcelo Lopes, mais conhecido como MC Tam, do Rio de Janeiro e Marcelo Cruz, vive em Florianópolis. Além de serem negros, eles têm em comum o fato de realizar trabalhos sociais nas comunidades onde moram.
Belém é o ponto de partida desta reportagem. A equipe de filmagens registrou o que a juventude negra, que vive na periferia da capital, inventa para se divertir. “Vamos começar pelo break que movimenta o centro da cidade, em frente ao mercado de São Brás”, localiza o agente de saúde Marcos Souza. O primeiro a dar entrevista é o rapaz Ismael Rodrigues, que atende pelo apelido de B. Boy Will. Para ele “o break serve para unir o preto ao branco. Quando um B. Boy branco vem aqui treinar com a gente é como se ele estivesse pedindo perdão pelo que os ancestrais deles fizeram com os nossos no passado”, filosofa.
Entre escovas e tranças caprichadas, a pesquisadora Leda Souza confessa: “Quando a gente vai num salão de beleza comum, a primeira coisa que o profissional fala quando olha nosso cabelo é ‘ah, vamos alisar!’. Aqui não. Você chega e eles valorizam a sua identidade negra”. Há outras maneiras de enaltecer a cultura negra, como, por exemplo, através da black music. As carrapetas do DJ Morcegão, pseudônimo de Gilmar Cardoso, não nos deixa mentir. “Tocamos do rap ao reggae, da black music ao funk, tá ligado? E toda essa mistura de black contagia muito a rapaziada”.
Nilma Bentes, do Centro de Defesa do Negro, explica que é “em torno da cultura, ou seja, do hip hop, do pagode, da capoeira que a juventude negra tem se organizado para aumentar a auto-estima e as possibilidades de ingresso no mercado de trabalho”. Marcelo Cruz reforça o coro: “Tem que ter apoio familiar para a pessoa querer fazer algo, como um esporte, e não ficar acomodado em casa à toa. Todos sem estímulo que conheço hoje estão no mundo do crime”.
No estúdio do programa, MC Tam compara as opções de lazer de Belém com a programação do Rio de Janeiro. “Lá onde eu moro é a mesma coisa. Para se divertir a gente tem que criar. Lá não tem computador nem vídeo game. Muitas crianças não têm bicicleta, muitas pessoas não tem nem onde morar direito”. As professoras de dança Jaciara dos Santos e Adriana Nascimento traçam um paralelo com os ambientes que lhes são familiares.
“Em Recife também não é diferente. Nós, os negros, temos procurado muito esse resgate das nossas raízes”, diz Jaciara. “Em Diadema, acontece uma festa de hip hop uma vez por mês. Assim, esses adolescentes ganham um lugar para mostrar o que eles treinaram. Antes, o hip hop ficava restrito às ruas. Agora foi valorizado e já chegou nos centros culturais”, comemora Adriana.
Estar associado à cultura afro é sinal de modernidade. “Hoje em dia os jovens freqüentam os lugares negros. Não tem mais aquela vergonha de estar onde o hip hop, o afoxé, a capoeira acontecem”, avalia Jaciara. Tem uma coisa que incomoda muito o estudante Marcelo Cruz. Ele reclama que, nas aulas de História, só estuda sobre Roma e outros países europeus. Da África, só Zumbi e escravidão. A um passo de ingressar na faculdade admite que “nunca ouvi falar sobre cotas de negros na sala de aula e na TV vejo pouco”.
Música como profissão
Enquanto isso, no Maranhão e no Espírito Santo, há jovens decididos a abraçar a música como profissão. Daniel, por exemplo, deixou o interior do Espírito Santo em busca de um sonho na metrópole. “Sempre quis fazer faculdade de música, mas eu não sabia como. Meu pai é semi-analfabeto e minha mãe acabou de fazer o segundo grau agora, num supletivo. Eu tenho que vencer”. Ele mora sozinho num pequeno quarto no centro de Vitória e conseguiu uma vaga na faculdade de música do Espírito Santo.
Daniel faz parte do coral afro no Museu do Negro, referência para a garotada da cidade. Já Mayara, também integrante do grupo, carrega uma história diferente. “Na verdade, eu tive muitas oportunidades, meu pai sempre lutou muito para dar o melhor para minha família”, ressalta a moça. Como estudante de administração, Mayara conseguiu estágio numa grande empresa da cidade. Por enquanto está ótimo assim, mas ela revelou que cursará em breve uma faculdade de canto lírico.
Em São Luiz do Maranhão, os alunos fabricam instrumentos e testam planos para o futuro. Cerca de 90 jovens participam do projeto ‘Sonho dos Erês’, oferecido pelo Centro de Cultura Negra do Maranhão, em parceria com a iniciativa privada. “A idéia é que todo produto comercializado seja revertido em renda para os alunos e para a compra de matéria-prima do projeto. Eles ouvem reclamações diárias dos pais porque já completaram dezoito anos e ainda não ganham o suficiente para o seu sustento”, explica a coordenadora Carmen Lúcia.
De acordo com o instrutor de grafite Emerson Melo, “essa perspectiva de trabalho a gente dá através de fachadas de lojas, decoração de festas e painéis para shows”. A diretor do Centro de Cultura Negra resume “Trabalhamos com o fortalecimento da auto-estima de crianças e adolescentes negros, a fim de construir uma outra realidade social para essas pessoas”. O próprio MC Tam serve de exemplo do que a música pode fazer com uma vida. “Graças ao funk eu conquistei tudo que quis. Eu, que moro numa comunidade, tô viajando para um montão de lugar. Graças ao funk não passo mais necessidade”.

CONTEÚDO A COR DA CULTURA

  1.  

     

     

     

    Quilombo

No Brasil, há mais de 80 milhões de cidadãos negros que lutam todos os dias pelo direito básico da igualdade racial. A segunda maior nação negra do mundo - atrás apenas da Nigéria, na África – abriga um vasto número de comunidades quilombolas, que se desdobram para criar alternativas de renda e atuar num mercado de trabalho declaradamente fechado para a mão de obra afro-brasileira.
 
Neste segundo programa da série ‘A Cor da Cultura’, a equipe do ‘Ação’ visitou algumas comunidades negras pelo país. Em Alagoas, terra de Zumbi dos Palmares, descendentes de escravos sobrevivem do artesanato que nasce do barro e da palha. Há também um projeto, elaborado em parceria entre a Secretaria de Defesa e Proteção às Minorias (Sedem) e o Governo de Alagoas, de se construir um grande memorial ao líder negro na Serra das Barrigas.
 
“Neste local ficava a antiga capital do Quilombo dos Palmares. Temos vários objetivos, entre eles resgatar a história do negro no Brasil e gerar uma sustentabilidade econômica para os moradores da área”, diz o secretário Zezito de Araújo, da Sedem. Ainda em fase de captação de recursos, o projeto, quando vingar, servirá como um valioso fomentador do turismo na região.
 
O antigo quilombo ficava no ponto mais alto da Serra e era formado por onze pequenas vilas. Nesta mata, há mais de 200 anos, Zumbi dos Palmares liderou um movimento pela liberdade. Hoje, a luta é pela sobrevivência para centenas de famílias que vivem na serra. Dona Marinalva, por exemplo, é uma humilde artesã local. “Trabalho é de ano em ano quando as usinas botam para moer. Terminou aquela fase, aí acabou. É muito difícil”, desabafa.
 
Em União dos Palmares, no antigo quilombo de Muquém, a estrada de terra conduz até a tradição da cerâmica. É a única fonte de renda da comunidade. “Quando a gente era pequeno e não podia comprar um brinquedo, eu ficava olhando a minha mãe fazer panelas. Quando não estava ajudando ela, pegava um bolinho de barro e fazia um cavalinho, um boneco, uma casinha para brincar”, lembra a também artesã Irinéia Silva. O que era farra de criança se transformou em trabalho para toda a família de Irinéia.
 
A palha é que dá o tom do trabalho comunitário em Palmeira dos Negros, município de Igreja Nova. “Nós éramos muito discriminados aqui por sermos negros. Houve um tempo em que até para um aluno negro estudar na comunidade era complicado”, conta o líder José Sandro, ao apontar, com orgulho, a crescente produção de chapéus e cestos de palha da comunidade.
 
Já em Santa Luzia do Norte, as boleiras do quilombo têm mais sucesso nas vendas. Com o apoio da Sedem elas desenvolvem um projeto de geração de renda através da fabricação de pé-de-moleque e bolos de sabores variados. Naquela cidade, as receitas que nasceram na Senzala ainda são feitas de maneira artesanal.
 
É a doceira Maria Madalena dos Santos quem explica o passo-a-passo. “A gente vai para a roça, arranca a mandioca, lava, põe para descansar no tonel. Depois de cinco dias no tonel, a mandioca vai para um saco e passa por outra lavagem, mais apurada. Vem do saco para a prensa e da prenda para a peneira. Só depois de todas essas etapas que a gente prepara o pé-de-moleque. Cansa demais”.
 
Negros vivem “ao Deus-dará”, segundo Ruth Pinheiro
 
Na visão de Ruth Pinheiro, presidente do Centro de Apoio ao Desenvolvimento (CAD), uma importante ONG engajada em projetos de valorização do cidadão negro, “o Brasil faz questão de esquecer a contribuição dos negros para a vida social do país e isso influencia até hoje as nossas diferenças educacionais e econômicas. Isso tem resquícios na escravidão. Quando a lei Áurea foi assinada, ninguém se preocupou em criar medidas para reparar aquela população imensa que ficou ao Deus-dará”, avalia.
 
“Não foi como os europeus, que também trabalharam muito no nosso país, mas contaram com um mínimo de incentivo possível: um documento, um pedaço de terra, um empréstimo para começar a vida com dignidade. Você não vê descendentes de imigrantes numa situação de marginalidade, de prostituição, nos dias de hoje. Mas vê uma grande parcela de negros nestas posições”, emenda a presidente do CAD.
 
No Maranhão, o problema é um pouco mais complexo. As comunidades se unem para garantir a posse da terra que um dia abrigou tantos quilombos. Na verdade, há mais de 400 comunidades quilombolas na região e, na maioria delas, os moradores encontram muitas dificuldades para garantir o sustento das famílias. O artesanato é uma solução para gerar renda.
 
“Nós podemos explorar aquilo que nos interessa porque a terra é nossa. Quando a gente está numa terra alheia, a gente não tem nem como planejar um cultivo”, diz Raimundo França, morador de Santo Antônio dos Pretos, uma comunidade quilombola que fica no município de Codó, no interior do Maranhão. Os habitantes se mantém há décadas com apenas duas atividades: a quebra do coco babaçu e o trabalho na roça.
 
Com a ajuda do Centro de Cultura Negra e da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, os habitantes desta comunidade já conseguiram o título de suas terras. O documento sai em nome da Associação dos Moradores. A posse das terras remanescentes dos quilombos é um direito garantido pela constituição brasileira. “Atualmente já reconhecemos e mapeamos 443 comunidades quilombolas aqui no Maranhão, mas tituladas só tem 17, dez delas pelo Governo Federal e sete pelo Governo Estadual”, contabiliza Ivan Costa, coordenador do projeto Vida de Negro.
 
Há uma comunidade em Alcântara, Norte do Maranhão, que está na fila pelo reconhecimento. “Nós vamos viver outra vida quando aquilo que é nosso estiver nas nossas mãos”, prevê a dona de casa Irene de Jesus. O barro que se transforma pelas mãos das mulheres da vida ao povoado. Geralmente, elas aprendem o trabalho antes dos sete anos. As mulheres reuniram as experiências numa cooperativa e enfrentam agora a maior das dificuldades: vender o artesanato.
 
De acordo com uma artesã, o que falta é o transporte. “A gente não tem como levar a louça para nenhum lugar. Se a gente tivesse ao menos um pau de arara...’, sonha a humilde senhora. No barro ou na terra, os quilombolas sempre procuram se embrenhar pelo melhor caminho. “Trabalhar a gente já está acostumado nessa roça e nesse coco, mas um dia Deus vai ajudar, não é mesmo?”, declara, com fé, outra artesã.
 
“Meu sonho é ser médica”, diz jovem negra de Cuiabá
 
Em Cuiabá, capital de Mato Grosso, há 480 mil habitantes, dos quais 31 mil são negros. Gisele Aparecida Costa faz parte dessa população, uma jovem que ainda procura seu espaço no mercado de trabalho. Nos postos do Sistema Nacional de Empregos do Mato Grosso, apenas 12% das pessoas que procuram trabalho se declaram negras. Quase 48% delas afirmam que são pardas. É uma maneira de minimizar os efeitos da discriminação contra a cor da pele.
 
Gisele mora com a tia e os primos. Em casa, aprendeu a não ter medo do preconceito. “Meu sonho é ser médica. Admiro essa área de saúde e gosto também de ajudar as pessoas”, comenta Gisele, que, por enquanto, ainda faz curso de vendas. “E pretendo logo em seguida arrumar um serviço para poder pagar o cursinho de técnico de enfermagem”. Em todo o país existem cerca de 300 mil médicos. Gisele nunca tinha visto um negro exercendo esta profissão.
 
O doutor Edmar José Anunciação, perito do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá, dá um precioso conselho para a moça que quer seguir os seus passos profissionais: “Acho que há poucos médicos negros como eu por causa das condições financeiras. A maioria da população negra nem chega à universidade. O conselho que dou para Gisele é que tenha muita força de vontade. Deve estudar, estudar e estudar”