Relogio: Vocês e o Tempo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

CONTEÚDO A COR DA CULTURA

Sobre o grupo de pesquisa EDUCOMAFRO
Educomunicação e Produção Afro-Cultural
Introdução
Embora o debate intelectual sobre o tema racismo e suas conseqüências e
impactos nas condições subalternas da maioria da população negra date do início do
século XX, na realidade brasileira, os temas ligados às questões étnico-raciais negra
ganharam espaço no bojo dos debates políticos sobre as diversas questões sociais, a
partir dos anos 90.
A 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia
e as Formas Conexas de Intolerância em Durban (África do Sul), no ano de 2001 foi
de suma importância para a obtenção de iniciativas em nosso país. Diante da
manifestação da militância negra brasileira naquela conferência, denunciando a falta
de cumprimento de medidas anti-racismo no Brasil e, por meio de ações, em seus
âmbitos de atuação, fizeram com que as ações afirmativas ganhassem espaço e
passassem a fazer parte do debate nacional.
Desta forma, tomou consistência na agenda política brasileira o tema das ações
afirmativas como políticas necessárias para a redução da desigualdade e promoção
da igualdade racial. As políticas de ação afirmativa são – “políticas específicas de
promoção de igualdade de oportunidades e de condições concretas de participação
na sociedade para a superação do racismo, da discriminação e das desigualdades
raciais”(MEC/SECAD, 2007,p.66).
Leunice Martins de Oliveira1
1 Doutora em Educação pela UFRGS. Professora da Faculdade de Educação da PUCRS. Coordenadora do
Curso de Pedagogia, Habilitação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional da PUCRS, no Campus
Viamão. Coordenadora do Curso de Especialização: Gestão da Educação - SE, OE e AD Escolar. Líder do
Grupo de Pesquisa Educomafro. e-mail: leunice.oliveira@pucrs.br.
1 Doutora em Educação pela UFRGS. Professora Adjunta da Faculdade de Educação da PUCRS.
Coordenadora do Curso de Pedagogia, Habilitação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional da
PUCRS, no Campus Viamão. Coordenadora do Curso de Especialização: Gestão da Educação - SE, OE
e AD Escolar. Líder do Grupo de Pesquisa Educomafro. E-mail: leunice.oliveira@pucrs.br.
Estas ações podem ser pensadas como políticas de universalização de direitos.
O conceito de ação afirmativa e as políticas concretas que surgem a partir dela são
instrumentos fundamentais para uma recomposição social e racial das instituições.
A partir de 2003, o governo brasileiro respondeu as reivindicações do
movimento negro e o debate sobre estas ações ganhou destaque no espaço
governamental e, como decorrência, um dos primeiros atos concretos do governo
federal foi a sanção da Lei 10.639/03 que instituiu a obrigatoriedade do ensino da
História e Cultura Afro-Brasileira no Currículo da Educação Básica.
A alteração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, pela
Lei nª 10.639/03, em seus artigos 26A e 79 B provoca bem mais do que a inclusão
de novos conteúdos, exige que se repensem as relações étnico-raciais, sociais,
pedagógicas, os procedimentos de ensino e as condições oferecidas para a
aprendizagem. Trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas,
inclusive com implicações na formação de professores. A centralidade da educação
como elemento de mobilização é reafirmada a partir da concepção de que a
educação é compreendida como a base sobre a qual se estrutura a forma de pensar
e agir de um povo.
Desta forma, os Sistemas de Ensino e Estabelecimentos de diferentes níveis
terão de converter as demandas sobre a diversidade educacional e inclusão, ao
tomarem decisões e iniciativas com vistas ao reconhecimento e valorização das
diferenças, através de medidas coerentes com uma proposta política de educação
que se esboce nas relações pedagógicas cotidianas.
Em experiências de ensino-aprendizagem na Faculdade de Educação da PUCRS,
contextualizamos o conteúdo sobre o cotidiano, oferecendo um ensino construtivo
voltado para a formação crítica dos estudantes em relação ao Mundo. Além disso,
temos um significativo desafio pedagógico - do acolhimento a todos os alunos e
alunas nas suas diferenças – desafio imposto pelo princípio do respeito à diversidade.
E também o de fundamentar a prática educativa diária, direcionando-a para uma
educação que compreenda e valorize as diferenças, caminho que se tem a percorrer.
Nessa trajetória, podemos identificar alguns pontos básicos que poderão fazer
parte das reflexões e ações no cotidiano escolar da educação básica e do ensino
superior, no sentido de tratar pedagogicamente a diversidade étnico-racial,
visualizando com dignidade o povo negro e toda a sociedade brasileira. Para que a
educação anti-racista se concretize é preciso considerar o nosso exercício profissional
que não depende só dos movimentos organizados e das políticas públicas, mas de
ações individuais e coletivas nas Instituições de Ensino.
Acreditamos que a educação escolar tem um papel fundamental na superação
das desigualdades raciais e do racismo. A escola é um espaço de socialização
comportamentos e na forma como os indivíduos se percebem e se posicionam no
mundo, corresponde a um espaço sociocultural e institucional responsável pelo trato
pedagógico do conhecimento e da cultura. E, desta forma, tem a função
preponderante com vistas à eliminação das discriminações e para a emancipação dos
grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos e
registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações
sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para a consolidação e
ajuste da nação como espaço democrático e igualitário.
Assumimos como grupo de pesquisa o compromisso consciente com a formação
diferenciada, trabalhando com a diversidade que necessita de conhecimento das
diferenças étnico-raciais e dos novos paradigmas de equidade para auxiliar na
proposta de uma sociedade de relações igualitárias como alicerce do
desenvolvimento. As mudanças que pretendemos provocar apontam para espaços de
formação abertos para novos saberes e experiências num contexto pedagógico em
que a autonomia, o compromisso e o respeito ao outro sejam notáveis.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial significa
empreender a reeducação das relações étnico-raciais e, para tanto, pretendemos
realizar uma educação de qualidade, inclusa, na perspectiva da diversidade.
Neste artigo, apresento os desafios, possibilidades e encaminhamentos no
tratamento da questão étnico-racial negra no âmbito da Faculdade de Educação da
PUCRS, através da articulação entre a Pesquisa Aplicada, com o Ensino e a Extensão
Universitária, e do novo direcionamento da investigação com vistas à inclusão digital
dos negros, resultado do estabelecimento de mecanismos de cooperação entre
partícipes de uma rede de conhecimentos, a Universidade, a Empresa e a Sociedade
Civil.
O Grupo de Pesquisa Educomunicação2 e Produção Cultural Afro-Brasileira3
(EDUCOMAFRO), liderado pela autora, iniciou suas atividades em 2006. O Grupo de
Pesquisa – GP EDUCOMAFRO, tem por objetivo integrar a teoria e a prática da
educação para a Diversidade, ao pesquisar a interculturalidade, os estudos afrobrasileiros
e a educomunicação. Busca oferecer suporte à formação acadêmica e
continuada de educadores e agentes sociais e, subsidiar com a pesquisa acadêmica,
a Empresa UNIQUE IT – Instaladora de Redes Digitais Ltda para a criação da Rede
Social Digital da Negritude como forma de interação e inclusão social do povo negro.
O GP EDUCOMAFRO, em 2009, passa então a desenvolver três projetos de
pesquisa auxiliados pelos Programas de Bolsa/Pesquisa para alunos de Graduação –
BPA/PUCRS, da Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS (duas) e pelo
Programa de Iniciação Científica e Tecnologia para Micro e Pequenas Empresas –
BITEC 2009, em sua 9ª Edição, Bolsa IEL/FIERGS/CNPq (uma).
Caminhos trilhados - produtos afro-culturais após a sanção da lei federal
10.639/03
O primeiro Projeto do GP EDUCOMAFRO é intitulado Produção
Afro-Cultural para a Criança –PACC – Lei 10.630/03, decorrente da parceria da
Faculdade de Educação e a Faculdade de Letras da PUCRS que iniciou sua pesquisa
Tendências Contemporâneas da Produção Cultural para a criança, no período de
1985 a 2005, orientada pela Professora Sissa Jacoby da Faculdade de Letras da
PUCRS, sendo este o primeiro desenvolvimento das reflexões sobre o poder
emancipatório e a qualidade dos objetos culturais disponíveis às crianças, editadas
no livro A Produção Cultural para a Criança, de Regina Zilberman, em 1982. Este
também é o resultado dos seminários da disciplina Produção Cultural para a Criança,
oferecida aos alunos dos cursos de especialização, mestrado e doutorado da PUCRS,
que se transformou em projeto de pesquisa, coordenado pela Professora Drª.
Solange Medina Ketzer até 2002.
A nova pesquisa, Produção Afro-Cultural para a Criança-PACC- Lei 10.639/03,
resulta do desdobramento da temática acima referida, enfatizando a cultura negra,
uma das formadoras da identidade do brasileiro, considerando-se que a etnia negra
faz parte da cultura nacional e, por extensão, tem expressão na produção cultural
destinada às crianças do país. Esta investigação foi realizada sob orientação da
professora Drª Leunice Martins de Oliveira, juntamente com a pesquisadora parceira,
jornalista Ms Sátira Pereira Machado e iniciou com a bolsista BPA/PUCRS Maura
Cristiane Santana Carneiro, do Curso de Pedagogia doa PUCRS, no Campus Viamão.
Com a implantação e implementação da Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003,
que inclui a temática “História da África e Cultura Afro-Brasileira” no Currículo oficial
da Rede de Ensino de todo o país, emerge um novo patamar para a produção
cultural destinada à criança brasileira, passando a contemplar mais a cultura negra
em seus produtos.
As diretrizes que amparam a lei asseguram o direito à igualdade de condições
de vida e cidadania, assim como garante igual direito às histórias e culturas que
compõem a nação brasileira, além do acesso às diferentes fontes da cultura nacional
a todos os brasileiros. Propõe a divulgação e produção de conhecimentos, a
2 Educomunicação é o ato de educar utilizando os meios de comunicação de massa e as tecnologias.
3 Produtos culturais afro-brasileiros são aqueles cuja finalidade seja divulgar a história, a memória e a
tradição dos africanos e dos afro-brasileiros.
formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu
pertencimento étnico-racial-descendente, de africanos, povos indígenas,
descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma
nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e
sua identidade valorizada (MEC/SECAD, 2007).
É importante destacar que não se trata de mudar um foco eurocêntrico por um
afrocêntrico, mas de ampliar o foco da diversidade étnica, cultural, social e
econômica do Brasil. Assim sendo, esta pesquisa tem a pretensão de, a partir do
levantamento da produção afro-cultural para a criança brasileira, após a Lei
10.639/03, situar o papel da literatura infantil na emancipação da criança,
estabelecendo um diálogo com outras manifestações culturais destinadas à infância,
tais como: o brinquedo, o rádio, o cinema, o suplemento de jornal, a
televisão, o desenho animado, histórias em quadrinhos, a ilustração e o site
da internet, a fim de investigar quais
produtos afro-culturais estão sendo oferecidos a todas as crianças do país,
descrevendo estes produtos, coletando e registrando o material encontrado
conforme a especificidade de cada item constituinte; analisando os dados à luz do
referencial teórico; organizando um acervo desta produção e divulgando os produtos
afro-culturais estudados. Desta forma, o corpus descrito constitui-se em importante
subsídio como fonte bibliográfica para educadores do Ensino Fundamental e Médio
das Redes de Ensino pública e privada e, aos estudantes das Licenciaturas das
Instituições de Ensino Superior.
Acreditamos que a transformação da sociedade não se dá somente por decreto,
mas quando se tem uma legislação que defenda os direitos à cidadania igualitária,
temos que ultrapassá-la, buscando a formação de um novo ser humano, com
atitudes, posturas e valores que respeitem as diferenças. Neste sentido a educação
vem entendida como um processo de humanização, voltado para uma reflexão do
ser humano e da abertura deste para o outro.
A luta contra toda e qualquer forma de naturalização e estigmatização das
diferenças tornou-se um dever da humanidade, pois as experiências humanas
vividas e as que assistimos neste início do século XXI têm-nos revelado que a
intolerância, o racismo e a discriminação, ou seja, as formas de lidar com as
diferenças, poderão nos levar a intensos processos de desumanização. É nessa
trama que a diversidade cultural vai sendo tecida e construída e, é também no meio
dessa trama, que ela deverá ser compreendida, refletida, avaliada e colocada em
prática por todos que tenham uma responsabilidade profissional e ética.
A pesquisa aponta que, a partir da implementação da Lei Federal 10.639/03,
novas produções culturais brasileiras buscam contemplar a cultura negra.
Efetivamente é o projeto A cor da Cultura que mais teve impacto na produção
cultural oferecido às crianças brasileiras, a partir da implementação da referida Lei,
ao incluir a temática da negritude em seus produtos. A Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade – SECAD, do Ministério de Educação e
Cultura – MEC, foi peça chave na construção do Kit Educativo do referido Projeto e o
MEC juntamente com o Canal Futura distribuíram o mesmo para as escolas de
diferentes Estados e capacitou professores e agentes multiplicadores para a
utilização dos programas em suas atividades, como forma de política de ação
afirmativa baseada na Lei 10.639/03.
As Secretarias Municipais de Educação do Rio Grande do Sul que têm uma
assessoria pedagógica para as relações étnico-raciais ou órgão similar, implantaram
o Projeto nas escolas das suas redes de ensino. Mesmo com entraves ocorridos na
Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul, há registros de professores estaduais
predominantemente afro-brasileiros que utilizam os materiais do projeto em sala de
aula. Lançam mão também de produtos internacionais para oferecerem às crianças
brasileiras, desde que incluam a cultura negra ou personagens negros. Hoje, as
produções culturais oferecidas à infância estão buscando formas de respeitar a
inteligência da criança, que é criativa, interativa e ávida em conhecer o universo que
a cerca, contemplam a diversidade cognitiva, psíquica e social das crianças;
contextualizam e integram os conteúdos, como forma de veiculação de temas mais
comprometidos com a pluralidade; ampliam os conteúdos escolares, abordando
questões sociais, econômicas e culturais, procurando transmitir valores cidadãos aos
telespectadores mirins.
Os dados da pesquisa Produção Afro-Cultural para a Criança – PACC
podem ser acessados em www.pucrs.br/faced/educomafro.
É importante destacar que a partir do desenvolvimento da pesquisa
Produção Afro-Cultural para a Criança – PACC, o GP EDUCOMAFRO foi
impulsionado a realizar muitas outras ações paralelas, entre 2006 a 2008, tais como:
a inclusão do GP EDUCOMAFRO na Comissão de Educação Afrodescendente e
Quilombola da Secretaria Municipal de Educação de Viamão, participando
amplamente da construção do Plano Municipal de Educação (PME 2006-2010) e
contribuindo sobremaneira com os professores da Rede Municipal interessados na
temática da Negritude; criação do Curso de Extensão Produção Afro-Cultural para a
Criança – Lei 10.639/03, aprovado pela Pró Reitoria de Extensão Universitária da
PUCRS; parceria com a Pró Reitoria de Extensão da UFRGS e a Assessoria de
Relações Étnicas da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, na
capacitação de professores para a Lei 10.639/03, oferecendo o Curso “ Formação
Continuada em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”; parceria com a
Secretaria Municipal de Canoas na Semana da Consciência Negra; parceria com o GT
NEGROS da Associação Nacional de História Núcleo RS, na realização da jornada de
Estudos Afro-Brasileiros, promovido no Memorial do Rio Grande do Sul, instituição
ligada à Secretaria de Estado da Cultura do RS; parceria com a comissão Regional de
Articulação de Mulheres Negras Brasileira – AMNB no seminário em comemoração ao
dia 25 de julho, dia da mulher negra; parceria com a Faculdade de Ciências Sociais
da PUCRS, na Semana da Consciência Negra; parceria com o Curso de Filosofia do
Campus Viamão, com o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, os Agentes de
Pastoral Afro, o Grupo de Reflexões dos religiosos Negros e Indígenas, o Grupo de
Reflexão da Pastoral Afro-Brasileira da Paróquia Santa Isabel de Viamão, entre
outros parceiros, na promoção da Celebração da Missa Afro-Brasileira “Cristo e a
Negritude: Promoção Humana”, em comemoração ao Mês da Consciência Negra, na
Capela Nossa Senhora da Imaculada Conceição, da PUCRS, no Campus Viamão;
parceria com intelectuais negros, na promoção de palestras sobre o tema da
negritude e da produção afro-cultural, no Campus Viamão da PUCRS, aberta para a
comunidade acadêmica e viamonense; parceria com o Movimento Central do Samba
e o Instituto Marista Graças, nas organização da “Feira do Livro Marista” que em
2007 tematizou a Diversidade Cultural Brasileira; produção científica para publicação
no livro “RS NEGRO: cartografias sobre a produção do conhecimento”, da Secretaria
de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social do RGS, EDIPUCRS, 2008; criação
do Curso de Especialização Educação e Cultura Afro-Brasileira, aprovado pelo
Conselho Departamental da FACED; divulgação virtual, descentralizando e
democratizando o acesso aos resultados da pesquisa Produção Afro-Cultural para
a criança – PACC com a criação do Blog situado no URL
www.criancanegritude.blogspot.com, que migrou para o site
www.pucrs.br/faced/educomafro; ampliação do GP com a inclusão do Prof. Dr.
Afonso Strehl, da FACED, com a pesquisa: Estação Infâncias e Diversidade: a
mediação do professor entre a criança e as produções audiovisuais.
Com base na idéia originária de contribuir para a educação das relações
étnico-raciais, o GP EDUCOMAFRO, em 2009, se articulou com pessoas que,
trabalham em prol do reconhecimento e valorização das diferenças e, que propõe
experiências de pesquisa significativas que possam resultar em construções
propositivas para a sociedade.
Agregou ao primeiro projeto de pesquisa outros, cujos títulos e propostas
apresentarei a seguir, Produção Cultural Afro-brasileira para as Crianças:
Identidades infantis forjadas pele tevê orientado pela Profª Drª Leunice Martins
de Oliveira, tem por objetivo refletir sobre a construção das identidades infantis na
recepção da produção cultural televisiva que contempla a diversidade étnico-racial
negra, oferecida às crianças na escola; a segunda pesquisa intitulada Estação
Infâncias e Diversidade: a mediação do professor entre a criança e as
produções audiovisuais, iniciada em 2008, orientada pelo prof. Dr. Afonso Strehl,
cuja finalidade principal é a investigação das percepções que as crianças do 2º ano
do Ensino Fundamental têm sobre a diversidade, a partir de suas vivências
interativas com produções audiovisuais e, a terceira pesquisa é intitulada Rede
Social da Negritude: Pesquisas Basilares, orientada pela Profª Dra. Leunice
Martins de Oliveira, em parceria com a Empresa UNIQUE IT - HC Instaladora de
Redes Digitais Ltda, gerenciada pelo Diretor Executivo Carlos A. K. Hoffmann. Este
projeto resulta da cooperação entre partícipes de uma rede de conhecimentos: a
Universidade, a Empresa e a Sociedade Civil num esforço interdisciplinar na criação
de saberes e na resolução de problemas.
P14 crianças e representações dos afro-brasileiros na tevê
A pesquisa “Produção Cultural Afro-Brasileira para as Crianças:
identidades infantis forjadas pela tevê,” foi elaborada pela orientadora da
mesma ProfªDrª Leunice Martins de Oliveira e pesquisadora parceira Jornalista Ms
Sátira Pereira Machado; tem como bolsista BPA/PUCRS a aluna do Curso de
Pedagogia Anos Iniciais e Educação Infantil, no Campus Central, Eduarda dos Anjos
Leal; procura refletir sobre a construção das identidades infantis na recepção da
produção cultural afro-brasileira oferecida às crianças brasileiras através da
televisão. A implementação da Lei 10.639/2003, que inclui o ensino da “História e
Cultura Afro-Brasileira”, no currículo das escolas de todo o país, motivou varias
ações afirmativas na mídia, que se traduzem na maior exibição dos Afro-Brasileiros
na tevê. A questão norteadora reside em investigar como a televisão brasileira vem
representando os afro-brasileiros e como as imagens são recebidas pelas crianças
em espaços escolares. O estudo visa à análise da construção dos processos de
cidadania relacionados à diversidade entre crianças de diferentes etnias. Nessa
perspectiva, a pesquisa contribui com a realidade social, através do estímulo ao
desenvolvimento sócio-cultural e a formação da cidadania e direitos sociais, como
resultado maior do processo científico.
O percurso metodológico deste projeto será um estudo de caráter quantitativo
e qualitativo. A unidade de estudo da pesquisa são os estudos de recepção em
televisão. A unidade de análise serão crianças receptoras de televisão. O espaço
escolar será a unidade geográfica. E a coleta de dados prevê as técnicas de
observação, para identificar aspectos da cultura e das rotinas escolares, e da história
oral das crianças, como um dado relevante e significativo para o escopo da pesquisa.
A coleta de dados, realizada a partir dos resultados de pesquisa, será catalogada em
aplicativo eletrônico para banco de dados. A análise de dados será realizada a partir
da interpretação da enunciação do pensamento oral, uma vez que as memórias das
crianças investigadas poderão denotar a representação que essas têm de si mesmas,
do seu contexto escolar, de suas relações interpessoais, de suas subjetividades e dos
valores comuns identificados no seu lugar social.
Com esta pesquisa esperamos identificar conteúdos de maior relevância para o
estimulo ao desenvolvimento sócio-cultural e a formação de cidadania e direitos
sociais do grupo étnico-racial negro e também poder oferecer subsídios para a
educação escolarizada.
P2 produções audiovisuais no cotidiano e o professor como mediador
O projeto de pesquisa “Estação Infâncias e Diversidade: a mediação do
4 P1( P2, P3) Pesquisas em número de três realizadas no ano de 2009 pelo GP EDUCOMAFRO na FACED
da PUCRS.
professor entre a criança e as produções audiovisuais”, em sua primeira
etapa, foi elaborado pelo Prof. Dr. Afonso Strehl (orientador) e pelos pesquisadores
parceiros Profª Ms. Rita Tatiana Erbs, Profª Ms. Rosilaine Menezes e Ms. Aurélio
Athayde Rauber, tendo como bolsista Vanessa Aparecida Pacheco Bastos do Curso de
Pedagogia, da PUCRS, no Campus Viamão. E, na segunda etapa, conta com a
bolsista do Curso de Pedagogia Anos Iniciais e Educação Infantil, da PUCRS, no
Campus Central, Amanda Breunig.
Os autores compartilham do pensamento de que não existe uma criança e uma
infância universal, mas, sim, infâncias constituídas e inseridas sócio-historicamente
nas diferentes realidades culturais. Dessa maneira, em busca de aproximações
teóricas entre diferentes campos de estudos, sua relação com as produções
audiovisuais (principalmente Tevê) deve-se levar em conta as “múltiplas mediações”
(OROZCO, 1993) por onde passam as informações no plano do receptor, e que estão
profundamente relacionadas com a cultura e com o cotidiano do sujeito/criança em
questão.
Por meio da vivência interativa com as produções audiovisuais, as crianças
estabelecem contato com as idéias de outros sujeitos. A partir daí, constroem,
desconstroem e/ou reconstroem esquemas mentais e atribuem significados ao que
assistem – o que acaba por configurar a construção de sua auto-imagem, bem como
de sua visão de mundo, de sujeito e de sociedade. Nessa perspectiva, Galvão e
Ghesti (2003, p. 104) apontam para a formação individual (“eu”) como resultado de
uma “experiência social”. Essa afirmativa contraria, portanto, a concepção de que as
crianças sejam como telespectadores que recebem passivamente o que é
apresentado pela televisão e por outras mídias audiovisuais.
As crianças não apenas assistem à Tevê, como interagem com ela e brincam,
utilizando seus códigos e símbolos como parte integrante de um espaço lúdico no
qual agem. Em outros termos, a criança não apenas consome o produto, mas o
reconstrói pelo seu próprio imaginário. Mesmo concordando que sua relação com as
mídias se dá de forma ativa, ainda existem muitas dúvidas do “como” são
decodificadas essas mensagens e até que ponto elas determinam sua forma de
pensar e agir no mundo. Não podemos precisar esse nível de influência direta dos
meios de comunicação (mais especificamente da Tevê) nos padrões de
comportamento das crianças, bem como das percepções e sentidos atribuídos por
estas acerca da diversidade, uma vez que as relações humanas e a constituição da
subjetividade passam por múltiplas tensões. Assim, é inegável o fato de que as
mídias audiovisuais hoje fazem parte de nossas vidas, trazendo inúmeras novidades
para o mundo das crianças que, diferentemente de outras gerações, convivem desde
o início de suas vidas com esses meios de comunicação. “Ela [a criança] se defronta,
em nossos dias, com um novo ambiente familiar e social. Antes ela tinha os pais, os
irmãos, os amigos. Agora, ela tem tudo isso e algo mais: a televisão” (GUARESCHI,
1998, p. 88).
Refletir sobre as relações das produções audiovisuais com o cotidiano, com o
comportamento e com a construção da auto-imagem das crianças e suas possíveis
influências e desdobramentos no âmbito escolar faz-se relevante, tendo em vista que
hoje a realidade de vida de nossos alunos está profundamente marcada pela
experiência interativa com a mídia. Acreditando na possibilidade de uma educação
emancipatória, torna-se necessário analisar e refletir o conteúdo das produções
audiovisuais que as crianças legitimam diariamente e que acabam se constituindo
em importante elemento do mundo infantil, carregado de sentidos/significados
compartilhados.
A partir da relação que vai estabelecendo com os diversos aspectos da
produção televisiva e audiovisual em geral, a criança vai também sendo influenciada
na construção ou afirmação de valores, cuja importância depende das atitudes e dos
pontos de vista apresentados por outras pessoas. Por esse motivo, ressalta-se a
importância da ação docente como mediadora entre a criança e as produções
audiovisuais, a partir de uma proposta dialética, com vistas a desafiar, problematizar
diversas situações em que os valores, apresentados/disseminados por tais produções
e de alguma forma internalizados pelo sujeito em idade escolar, possam ser
questionados pelas crianças, com o objetivo de exercitar nelas o pensamento crítico
acerca da programação a que assistem.
Nessa perspectiva, os educadores têm mais subsídios para se apropriarem dos
sentidos da diversidade percebidos/atribuídos pelas crianças, podendo melhor
potencializar suas ações mediadoras na construção da auto-imagem infantil,
agregando ao seu fazer pedagógico a interação criança-diversidade-produções
audiovisuais. Essa práxis, todavia, deve estar em permanente consonância com os
demais integrantes da comunidade escolar, sobretudo com os pais e responsáveis
pelas crianças, favorecendo, assim, a comunicação entre as diversas culturas com as
quais estão envolvidas.
O presente estudo foi desenvolvido com uma amostra de quatro escolas
públicas do município de Viamão, subdivididas em públicas municipais e públicas
estaduais. Em ambas as divisões havia uma escola situada na área central e outra na
periferia. Os dados foram coletados junto a crianças do 2° ano do Ensino
Fundamental das referidas escolas, tendo sido adotados os seguintes procedimentos
metodológicos: reprodução audiovisual mediada pelo filme Shrek 3, discussões em
grupo sobre o filme, levantamento geral dos juízos/impressões acerca dos
personagens do filme e mapeamento das programações televisivas (em emissoras
abertas) com as quais esses sujeitos interagem. Realizaram-se também entrevistas
com professores, pais e orientadores educacionais das escolas integrantes da
amostra. Nos procedimentos aqui descritos, a intenção principal foi ouvir o que as
crianças estudadas tinham a dizer sobre os sentidos por elas atribuídos à
diversidade, com base em suas vivências interativas com as produções audiovisuais.
O objetivo dessa experiência foi captar que tipos de programações televisivas fazem
parte das vivências, no dia-a-dia das crianças pesquisadas, bem como as impressões
que têm acerca das mesmas.
Após a realização dos procedimentos de análise dos dados, conclui-se que,
embora a proporção de produções televisivas destinadas à faixa etária investigada
seja muito pequena em relação ao que é destinado a outro público que não o infantil,
as crianças que fizeram parte desse estudo mostraram preferência e maior contato
com desenhos animados (como Pica-Pau) e com seriados (como Chaves), que são
produções planejadas especificamente para as crianças telespectadoras.
Quanto aos julgamentos das mães, professoras e orientadoras entrevistadas
basearam-se numa espécie de saudosismo de suas respectivas infâncias, bem como
numa observação superficial das interações criança versus produções audiovisuais.
Com relação aos procedimentos desenvolvidos junto aos alunos nas quatro escolas
pesquisadas, permitiram evidenciar a relevância de serem tomadas iniciativas
mediadoras, dentro de uma proposta dialética, a fim de incitar as crianças a uma
reflexão crítica sobre as imagens cristalizadas que revelaram possuir quanto à
diversidade, a partir de sua vivência interativa com produções audiovisuais.
O projeto de pesquisa em 2009 dá continuidade ao de 2008 e tem por
objetivo central realizar um estudo comparativo com a pesquisa realizada no ano
anterior com crianças do 2º ano do Ensino Fundamental. Este projeto iniciará com a
investigação das percepções que crianças da 4ª série do Ensino Fundamental de
escolas públicas têm sobre a diversidade, a partir de sua vivência interativa com
produções audiovisuais. Por meio do diálogo entre as necessidades do universo
educacional infantil e o conteúdo de produções audiovisuais. A pesquisa pretende
contribuir para a definição do papel do educador como mediador da construção da
auto-imagem da criança e de sua percepção da diversidade.
O percurso investigativo do estudo envolverá duas fases: uma de natureza
quantitativa e outra de natureza qualitativa. Os procedimentos abrangerão
entrevistas em profundidade e análise textual. Tanto a fase quantitativa quanto a
qualitativa orientar-se-ão pelos seguintes questionamentos indagadores: quais são
os sentidos da diversidade percebidos pelas crianças através das produções
audiovisuais e o papel do professor como mediador da construção da auto-imagem
pela criança, a partir de sua interação com a diversidade nas produções audiovisuais
bem como levantar as estratégias apontadas pelos educadores no sentido de
contribuir para a formação das crianças para a convivência coma diversidade.
De posse dos dados desta etapa de pesquisa, será realizado um estudo
comparativo entre o resultado das duas pesquisas.
Com base na constatação das diferentes percepções sobre a diversidade,
buscar-se-á realizar um estudo propositivo de ações para que a escola possa intervir
de forma eficaz na educação das crianças para o convívio com a diversidade,
propondo-se a construção de uma base de dados a diversidade apresentada em
produções audiovisuais; a sistematização dos estudos propostos; a publicação dos
resultados da pesquisa no ambiente virtual www.pucrs.br/faced/educomafro.
-
P3 interação e laços sociais mediados pela internet
A pesquisa Rede Social5 da Negritude: Pesquisas Basilares, orientada
pela Profª Dra. Leunice Martins de Oliveira, em parceria com a Empresa UNIQUE IT -
HC Instaladora de Redes Digitais Ltda, gerenciada pelo Diretor Executivo Carlos A.K.
Hoffmann, tem como Bolsista IEL/FIERGS/CNPq, Daniel de Souza Santos, do Curso
de Pedagogia com ênfase em Educação Popular da PUCRS, Campus Central. Resulta
da cooperação entre partícipes de uma rede de conhecimentos: a Universidade,
Empresa e a Sociedade Civil que, num esforço interdisciplinar, buscam a inclusão do
grupo étnico-racial negro, através de uma rede de relações - sociabilidade
contemporânea - mediada por computador, instituída pela intersecção entre os
aspectos humanos e tecnológicos. A questão norteadora deste estudo reside em
investigar como a mídia brasileira vem representando os negros e como as imagens
são recebidas pelos mesmos, no Rio Grande do Sul. O principal ganho para a
empresa do projeto UNIQUE-IT é evitar que ela lance um produto/serviço (portal de
internet) no mercado que a população alvo não queira. A Rede Social (digital) será
dirigida para um publico especifico de nicho e por isto devera ser objeto de estudo
prévio, através deste projeto, diminuindo os riscos inerentes ao processo. A
importância desse estudo para a empresa também se deve ao fato de que a Rede
Social necessitará de receitas de publicidade e das decorrentes do tráfego de
pessoas em suas páginas.
Este estudo está intimamente ligado com a construção das identidades
culturais e considera a diversidade como um problema central na constituição de
sujeitos nesse novo tempo. A pesquisa pretende intervir na realidade social,
estimulando ao desenvolvimento sócio-cultural e a formação da cidadania e direitos
sociais como uma proposta inovadora em rede, conectando pessoas com as mesmas
motivações (RICUERO, 2009). Desta forma é importante investir em diferentes
formas de abordar a temática étnico-racial, neste caso específico empregando
ferramentas tecnológicas com o objetivo de gerar novos mecanismos e/ou
estratégias para a veiculação desta questão na mídia. Pretende-se para tanto
subsidiar através de pesquisa de opinião e de impacto cultural a criação da rede
social eletrônica da negritude (RSN). A RSN será responsável pela interação,
integração e inclusão social da identidade negra brasileira, através de site especifico,
promovendo o potencial criativo das relações entre grupos e contextos culturais
diversos. A pesquisa será de cunho qualitativo. A unidade de estudo da pesquisa são
os estudos de recepção nas mídias pelos afro-descendentes. A unidade de análise
são os negros(as) do RGS que possuem, em qualquer grau, contato com a internet.
A coleta de dados prevê a utilização de questionários e entrevistas. Pela análise de
dados se estabelecerá temas, assuntos, conteúdos de relevância para os negros, e
buscar-se-á transpô-los para o ambiente virtual.
Referências
5 Entende-se por Rede Social: quando uma rede de computadores conecta uma rede de pessoas e
organizações (Recuero, 2009).
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